quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Presidente do IBGE apresenta dados do Censo 2010

Em abril deste ano o IBGE divulgou alguns dados preliminares do Censo 2010. Leia a matéria abaixo extraída do site O Globo.

Bruno Góes
Publicada em 29/04/2011

RIO - O presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eduardo Pereira Nunes, divulga neste momento, no auditório da entidade, no Centro do Rio, os dados preliminares do Censo 2010. Segundo a pesquisa divulgada nesta sexta-feira, o Brasil alcançou a marca de 190.755.799 habitantes. O país cresceu quase 20 vezes desde o primeiro recenseamento, realizado em 1872. O maior pico foi constatado entre as décadas de 50 e 60 do século passado, quando o crescimento populacional chegou a quase 3% ao ano.
Entre as de 2000 e 2010, no entanto, a média foi a mais baixa desde a criação do Censo - apenas 1,17%. Se o ritmo de crescimento permanecer ao longo dos anos, o Brasil duplicará a sua população em 60 anos. Ou seja, em 2070, o país terá 380 milhões de habitantes. De acordo com dados da pesquisa, o Brasil tem 13,7 milhões de crianças até 4 anos e mais de 14 milhões de pessoas acima de 65 anos.
O IBGE verificou que as regiões do país não cresceram de maneira uniforme: Norte e Centro-Oeste foram as que mais aumentaram suas populações (2,09% e 1,91%, respectivamente) , em grande parte pelo fator migratório. As regiões Sudeste e Nordeste apresentaram taxas semelhantes, de pouco mais de 1,0% ao ano. A Região Sul foi a que menos cresceu (0,87%), puxada pelo Rio Grande do Sul (apenas 0,49%).
No último período intercensitário, em termos absolutos, a Região Sudeste foi responsável pelo maior incremento populacional, já que possui o maior número de habitantes do país: A região proporcionou 37,9% do crescimento total do país. Porém, entre 1990 e 2000, respondia por 42,1%.
As dez unidades federativas que mais cresceram entre 2000 e 2010 são da Região Norte e Centro-Oeste. O Amapá lidera o ranking (3,45%), seguido de Roraima (3,34%), Acre (2,78%), Distrito Federal (2,28%), Amazonas (2,16%), Pará (2,04%), Mato Grosso (1,94%), Goiás (1,84%), Tocantins (1,80%) e Mato Grosso do Sul (1,66%).
As seis cidades mais populosas do Brasil são: São Paulo (11.253.503 de habitantes), Rio de Janeiro (6.320.446), Salvador (2.675.656), Brasília (2.570.160), Fortaleza (2.452.185) e Belo Horizonte (2.375.151). Entretanto, em 2000, a lista era diferente: Brasília era a sexta colocada, Fortaleza a quinta e Belo Horizonte a quarta. As demais cidades estavam na mesma posição de hoje.
Nas capitais, a maior diferença entre as taxas de crescimento foi observada no Tocantins, onde Palmas apresentou uma taxa de 5,21%.
População está mais velha
Entre 2000 e 2010, houve um declínio contínuo no nível de fecundidade e um aumento na longevidade da população. Este dado pode ser visto na comparação entre as pirâmides etárias .
Universalização do saneamento só deve acontecer em 2070
Quase metade dos domicílios brasileiros ainda não tem acesso à rede de esgoto: 55,45% têm o serviço. Em 2000, 47,3% tinham acesso e, em 1991, 35,5%. Portanto: de 1991 a 2000, aumento de 12,5 pontos percentuais; de 2000 para 2010, 7,7 pontos percentuais. Os números das regiões mostram a desigualdade latente no Brasil. Enquanto no Sudeste, essa proporção atinge 81% dos lares, no Norte, não chega a 13,9%. No Nordeste também fica muito aquém da média nacional: 33,9%. Para especialistas, o padrão alcançado era o esperado, diante do ritmo de investimentos, e o Brasil só deve conseguir oferecer saneamento universal em 2070. O país não cumprirá a meta do milênio para o setor.
Na rede elétrica, o pulo do gato
Pela primeira vez o IBGE conseguiu medir as ligações irregulares de luz no Brasil. São 550.612 lares que têm luz, mas não estão ligado a uma companhia distribuidora. Ainda temos 728.512 domicílios sem luz, nem de gato. A Light diz que as ligações irregulares representam a produção de uma Angra 1 por um ano.
Brasil tem mais de 130 mil casas chefiadas por crianças
Cerca de 60% dos domicílios brasileiros têm renda domiciliar per capita de até 1 salário mínimo. Até 2 salários, a proporção sobe para 82,4%. No Nordeste, a situação é mais grave: são 80,3% dos lares com ganhos de até um salário mínimo per capita. Já a taxa de analfabetismo é de 9,7% entre brasileiros com mais de 15 anos. Para especialistas, o avanço foi pequeno, de quatro pontos percentuais. Ainda há 132 mil domicílios chefiados por crianças de 10 a 14 anos.
População amarela cresce quase três vezes em dez anos
A população amarela registrou aumento de 761.583 em 2000 para 2.084.288 em 2010. A população indígena também cresceu, de 734.127 em 2000 para 817.963 em 2010. Outro ponto que chama atenção é a redução da categoria ''sem declaração'', ou seja, mais pessoas estão declarando sua cor ao IBGE: essa categoria foi de 1.206.675 em 2000 para 6.608 em 2010.
Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/mat/2011/04/29/presidente-do-ibge-apresenta-dados-do-censo-2010-924345599.asp

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Protestos no Chile

Hoje (24/08) foi iniciada no Chile uma greve geral de 48 horas por reformas na política, educação e economia. Confira a matéria da BBC Brasil.

Chile faz greve geral em busca de reformas profundas
Marcia Carmo
De Buenos Aires para a BBC Brasil
Atualizado em 24 de agosto, 2011 - 14:00 (Brasília) 17:00 GMT
Trabalhadores do Chile iniciaram nesta quarta-feira uma greve geral de 48 horas contra o governo do presidente Sebastián Piñera, em uma paralisação que deve atingir 80 setores.
A greve nacional visa pressionar por reformas profundas no país e é a primeira desde que Piñera tomou posse, em março do ano passado.
A paralisação foi convocada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e conta com o apoio declarado dos principais partidos da oposição, reunidos na frente chamada 'Concertación', e dos estudantes, que há mais de três meses realizam protestos contra o governo.
Segundo a CUT, pelo menos 80 setores prometiam aderir à greve, entre eles, escolas, universidades, hospitais, metrô e os trabalhadores de cobre – principal produto da economia nacional.
Em um comunicado, a CUT informou que a paralisação é por "um Chile diferente" e relaciona, entre suas demandas, uma "educação pública de qualidade e uma nova Constituição".
Sindicalistas, estudantes e outros setores da sociedade chilena reivindicam a substituição da Constituição chilena, que ainda é do período do regime militar, e que concentra fortes poderes nas mãos do presidente.
Até o fim da manhã desta quarta, o saldo da greve era de 35 pessoas detidas por "desordem" e por ataques contra carabineros (policiais) e 11 feridos (nove policiais e dois civis), segundo o jornal La Tercera.
Há relatos de ônibus sendo apedrejados e barricadas montadas nas ruas de Santiago, enquanto as forças de segurança respondem com bombas de gás lacrimogêneo.
Policial tenta levantar bloqueio na madrugada desta quarta-feira (24) em Santiago do Chile (Foto: AP)

Greve 'sem fundamento'
O presidente Piñera disse, na terça-feira, que a greve "não tem fundamento" e, em uma referência à crise internacional, destacou que a paralisação ocorre em um momento em que "todos deveriam cuidar do país".
"Quero pedir a todos os nossos compatriotas que cuidem do nosso país, especialmente agora, em um momento de incertezas internacionais", afirmou Piñera diante das câmeras de televisão.
O líder chileno registra os piores índices de popularidade desde o retorno da democracia, em 1990, de acordo com pesquisas dos institutos Adimark e CEP, divulgadas no início deste mês.
A Adimark indicou que ele contava em julho com 29% de aprovação e 62% de rejeição, refletindo "os efeitos do movimento estudantil", segundo o diretor do instituto Roberto Méndez.
Ele observou que a oposição, reunida na Concertación, também registra baixo apoio popular – 20% de aprovação e 67% de rejeição.
A Concertación governou o país durante 20 anos desde o retorno da democracia (1990-2010) até a eleição de Piñera, primeiro presidente de centro-direita desde o fim do regime de Augusto Pinochet (1973-1990).
O professor de ciências políticas da Universidade do Chile, Guillermo Holzmann, disse à BBC Brasil que este é "um raro momento da democracia chilena", já que "governo e oposição não conseguem capitalizar o apoio popular".

Crescimento econômico
Ele observou ainda que a popularidade de Piñera está em baixa, apesar do crescimento econômico recorde - 8,4% de expansão no primeiro semestre, o mais alto desde 1995.
Analistas afirmam que, apesar do crescimento e do aumento da renda per capita – em torno dos US$ 15 mil -, o modelo econômico em vigor resultou na maior concentração de renda, aumentando a distancia entre os mais ricos e os mais pobres do país.
"Existe uma insatisfação dos chilenos com a qualidade da democracia e com o poder em geral, econômico e político. Ao mesmo tempo, apesar dos protestos e da insatisfação, fica aqui a sensação de que (os sentimentos) não vão afetar a estabilidade do país", disse à BBC Brasil o analista Ricardo Israel, autor de um blog no jornal La Tercera, de Santiago.
Para ele, nos últimos dias, essa insatisfação foi canalizada pelos protestos dos estudantes que tiveram apoio de outros setores e que agora também são respaldados pela CUT.
Nesta terça-feira, a líder estudantil Camilla Vallejo esteve no Palácio presidencial de La Moneda, mas o impasse entre estudantes e o governo continua. "Reiteramos que não queremos uma educação de mercado, mas como um direito de todos", disse ela.
Educação chilena é tema de queixas por parte dos estudantes contra governo Piñera
Piñera defende que a educação seja paga – "porque tudo tem preço", afirmou recentemente.
Em meio aos protestos, ele realizou uma reforma ministerial e fez duas propostas aos estudantes, mas as manifestações continuam, já que, argumentam os organizadores, o governo não abordou questões como a qualidade do ensino e a gratuidade das universidades.
Piñera assumiu o cargo em março do ano passado, logo após um dos piores terremotos no país. No fim de 2010, sua popularidade aumentou com o resgate dos 33 mineiros aprisionados em uma mina.
Mas sua aprovação começou a cair pouco depois, com uma série de protestos sacudindo o país, entre eles manifestações por parte de chilenos que continuam sem ter onde morar após o desastre natural e protestos por parte de estudantes e de pessoas contrárias à construção de uma hidrelétrica na Patagônia.


quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Onda de protestos na Inglaterra

No dia 04/08/2011, uma onda de protestos na Inglaterra emergiu. Segundo a Revista Veja on line:
"Mark Duggan, um homem negro de 29 anos, morreu a tiros por policiais no norte de Londres. Segundo a polícia,  agentes tentaram prendê-lo quando ele entrava em um táxi. Duggan teria reagido e foi alvejado duas vezes. Foram encontradas uma bala no rádio do carro dos policiais e uma arma não-policial na cena, o que reforçaria essa versão. Contudo, o jornal britânico The Guardian afirmou nesta segunda-feira (08/08) que os primeiros testes realizados no carro indicaram que a bala era de uma arma policial.
Na tarde do último sábado (06/08), cerca de 120 pessoas (inclusive parentes de Duggan) marcharam, por volta das 17h30 do horário local (14h30 de Brasília), em direção à delegacia de polícia do distrito de Tottenham, no norte de Londres, que fica próxima ao local da morte. A marcha foi pacífica, com manifestantes pedindo justiça. Porém, duas horas depois, gangues começara a atacar policiais, carros, lojas, bancos e outros prédios. De acordo com o governo britânico, os vândalos aproveitaram a manifestação para causar tumulto e saquear lojas.
A partir da tarde de domingo (07/08), o vandalismo ocorreu em outras regiões de Londres. A polícia acredita que os atos são conduzidos  por oportunistas e criminosos com o objetivo de saquear lojas e semear o caos. Até o início da noite de segunda-feira (08/08) foram registrados confrontos em Tottenham, Brixton (sul), Edmonton,  Hackney (leste), Walthamstow, Enfield, Islington (norte) e em Oxford Circus, em pleno coração da Londres turística. A revolta atingiu até Birmingham, a segunda maior cidade do país, onde lojas foram quebradas e saqueadas.
Os vândalos usam as redes sociais como o Twitter e smartphones para se comunicar e convocar outros a participarem. Para a polícia, a velocidade com que os protestos se espalharam ocorre por causa da incitação à violência feita por meio dessas ferramentas. Em particular, chamou atenção o programa BlackBerry Messenger (BBM), muito popular entre os jovens da Grã-Bretanha, que permite enviar mensagens gratuitas e facilita a rápida difusão da informação. Ao contrário do Twitter e Facebook, as mensagens enviadas por meio deste aplicativo são codificadas, o que dificulta o trabalho de rastreamento da Polícia.
A polícia está investigando os acontecimentos. Por enquanto, há apenas especulações sobre a morte de Duggan e sobre quem são os jovens que praticam esses atos de violência. Segundo a ministra do Interior da Grã-Bretanha, Theresa May, trata-se de “pura delinquência”, e os responsáveis pelos distúrbios serão levados à Justiça e punidos." fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/entenda-em-cinco-passos-os-tumultos-em-londres 08/0//2011.

Eu prefiro a explicação dada pelo sociólogo Silvio Caccia Bava (coordenador executivo do Instituto Polis – Estudos, Formação e Assessoria em Políticas Sociais, membro do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional – CONSEA, e editor de Le Monde Diplomatique Brasil. O real motivo das manifestações está num contexto de grande desemprego da população jovem e repressão policial. Confira a entrevista do sociólogo ao Globo News:

O preço dos produtos industrializados no Brasil

Recentemente, a correspondente da tv Record em Washington, Heloisa Villela, fez uma matéria sobre os preços de produtos industrializados praticados no Brasil e em outros países, como Argentina e EUA. Fiquei surpreso ao saber dos preços dos automóveis cobrados no Brasil em relação à outros países. É um absurdo, ou melhor, revoltante! E se você acha que os altos preços são provocados só pelos impostos cobrados no Brasil, está enganado! Leia a matéria abaixo!

Um susto com os preços no Brasil
por Heloisa Villela, de Washington.
06/08/2011
Foi um susto!
Em tantas idas e vindas norte-sul nesses quase 23 anos trabalhando nos Estados Unidos, nunca achei o Brasil tão caro. Entre o fim de junho e o começo de julho, passei três semanas em casa: Rio, São Paulo, Mato Grosso do Sul. Sempre paguei mais caro por livros em português. Para mim e pros meus filhos. Afinal, todo investimento nessa área é pouco! Compra-se livro bem em conta nos Estados Unidos. Ainda mais depois do advento da internet. Agora, tem sempre a oferta dos usados que saem por menos de um dólar. No Brasil, ainda é caro ler.
Mas se os livros sempre foram mais caros no Brasil, a comida, os sapatos, as roupas, os carros…  Pensei: aí deve ter matéria. Saí com uma equipe da Record prá checar as diferenças e tentar entender o que está acontecendo. Fui parar no escritório de Joel Leite, jornalista especializado no mercado de automóveis que tem um site sobre o assunto (www.autoinforme.com.br). Joel estava escrevendo sobre o Lucro Brasil. Nada de Custo Brasil. Esse tempo já passou. Agora, as empresas estão faturando de verdade.
Pois o Joel se deu ao trabalho, ao longo de vários meses, de destrinchar a composição de preços dos automóveis. Nas ruas de São Paulo, qualquer pessoa repete a ladainha: por que os carros são tão caros aqui? Por causa dos impostos. Gente motorizada e gente a pé, no ponto de ônibus. Não importa. A certeza é a mesma. E ainda tem aquela história do Custo Brasil – seria mais caro produzir mercadorias no país por causa da infraestrutura engarrafada e do custo do capital.
Mas o Joel me explicou que não é nada disso. Ele tirou impostos, alíquotas, etc. e tal e no fim, o carro brasileiro continuava sendo o mais caro do mundo. É isso mesmo. O Brasil, que em 2010 ganhou o título de quinto maior produtor de automóveis e quarto maior mercado consumidor do mundo, em matéria de preços, ganha de todos os outros países. Tamanha produção e tamanho consume jogam por terra qualquer argumentação de que não se tem uma produção em escala suficiente para reduzir os preços.
Então o que?
“Se colar colou”, brincou o Joel meio a sério. Mas a idéia é a seguinte: joga-se o preço lá no alto. Se existe fila pra comprar, se a procura é grande, prá que baixar?  O preço cola e fica. Exemplos?
O Honda City, fabricado em Sumaré, interior de São Paulo, viaja até o México, paga frete, tem que dar lucro para a revendedora, e tal. Bem, os mexicanos compram o carro pelo equivalente a R$ 25.800,00 enquanto os brasileiros desembolsam R$ 56.210,00 pelo mesmo modelo. Pelas contas do Joel, tirando toda a carga tributária, o lucro das concessionárias, e comparando com o preço no México, o fabricante tem um lucro de quase R$ 15.000, por unidade, no Brasil.
Outros exemplos prá matar de ódio o consumidor brasileiro:
O Corolla, que custa o equivalente a U$ 37.636,00 no Brasil, na Argentina sai pelo equivalente a U$ 21.658,00 e nos Estados Unidos, US$ 15.450,00. O Kia Soul, fabricado na Coréia do Sul, chega às lojas do nosso vizinho Paraguai pelo equivalente a US$ 18.000,00 e custa o dobro no Brasil. Haja viagem entre os dois países para explicar tanta diferença… Só mais uma comparação: o Jetta, que custa R$ 65.700,00 no Brasil, sai pelo equivalente a R$ 32.500,00 no México.
O banco de investimentos Morgan Stanley fez um estudo comparativo e concluiu que as subsidiárias brasileiras de montadoras estrangeiras garantem, no Brasil, lucros que não conseguem obter em outros países.  O analista Adam Jonas, responsável pela pesquisa, chegou à conclusão de que no Brasil a margem de lucro das montadoras chega a ser três vezes maior do que em outros países.
No site do Joel, teve gente deixando mensagem dizendo que ia sair na rua com nariz de palhaço. Consumidores se sentindo ridículos. Mas o aumento da classe média colocou no mercado uma porção de novos compradores. Acesso ao crédito e demanda aquecida tornaram bem mais fácil aumentar os preços e continuar vendendo.
Como o consumidor brasileiro não vive apenas de automóveis, fui prá rua conferir outras mercadorias. Aqui nos Estados Unidos uma brasileira já tinha me alertado: entrou em uma loja da cadeia espanhola Zara, em Nova York, e comprou uma camiseta por US$ 40,00. Voou para o Brasil e entrou em outra loja da Zara, desta vez em um shopping center de São Paulo. Encontrou a mesma camiseta. Mas com outro preço: R$ 400,00!
É assim também com os preços de sapatos, jeans, computadores e tablets. Eu posso até entender que o Ipad, da Apple, feito nos Estados Unidos, chegue ao Brasil por um preço mais alto por causa do imposto de importação. Mas pagar o equivalente a R$ 1.350,00 nos Estados Unidos e R$ 2.599,00 no Brasil não é diferença demais? E alguns modelos de calça jeans e tênis, que saem de outros países, em geral da Ásia ou da América Central? Encontrei um modelo recente de Nike por R$ 549,90 no Brasil e o par, igualzinho, pelo equivalente a R$ 250,00 nos Estados Unidos.
Se a margem de lucro é a grande responsável pela diferença de preços dos automóveis, será que acontece algo semelhante com outros produtos?
Quando os preços perdem a relação com a realidade, acontece de tudo. Foi o que eu constatei da conversa com a minha mãe, faz poucos dias. Para tratar um problema no joelho, o médico recomendou um remédio chamado Artrodar. E avisou: “procure na farmácia X”. Pois a minha mãe chegou em casa e foi pro telefone. O médico tinha toda razão. Na farmácia citada, a caixa com trinta comprimidos custa R$ 58,00, mas em outra farmácia a mesma caixa estava custando R$ 94,00. Foi fácil decidir onde comprar.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Serra dos Carajás

Os recursos minerais metálicos são fundamentais na organização econômica da espécie humana. Tudo que fazemos, como casas, edifícios, automóveis, aparelhos eletroeletrônicos, etc, está diretamente relacionado ao alumínio, ferro, manganês, cobre entre outros metais. Por isso, devemos estudar quais são as principais jazidas minerais no Brasil, dando destaque para a Serra dos Carajás, situada no Pará.
Abaixo há uma reportagem especial, exibida pelo Jornal da Record no 1° semestre de 2008, que mostra a importância desta grande jazida brasileira.