quinta-feira, 28 de junho de 2012

Petrobras


Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

A Petróleo Brasil S/A (Petrobras) foi criada no dia 3 de outubro de 1953, pelo então presidente Getúlio Vargas, tendo como principal objetivo a exploração petrolífera no Brasil em prol da União, impulsionado pela campanha popular iniciada em 1946, cujo slogan era “o petróleo é nosso”. Consiste numa empresa estatal de economia mista, ou seja, é uma empresa de capital aberto, sendo o Governo do Brasil o acionista majoritário. A Petrobras atua nos seguintes segmentos: exploração, produção, refino, comercialização e transporte de petróleo e gás natural, petroquímica, distribuição de derivados, energia elétrica, bicombustíveis, além de outras fontes energéticas renováveis.
As instalações da Petrobras foram concluídas em 1954 e sua sede está localizada na cidade do Rio de Janeiro. As primeiras refinarias da empresa foram herdadas do Conselho Nacional de Petróleo, sendo a de Materipe, na Bahia, e Cubatão, no estado de São Paulo. A produção de petróleo teve início nesse mesmo ano e supria apenas 1,7% do consumo nacional. 
Visando expandir sua produção, a Petrobras criou, em 1968, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (Cenpes), cujo objetivo era proporcionar aparato tecnológico para a expansão da empresa no cenário petrolífero global. O Cenpes se tornou o maior centro de pesquisa da América Latina, recebendo vários prêmios do setor petrolífero mundial. 
A Petrobras deu continuidade aos seus projetos expansionistas, nesse sentido, foi criada, em 1970, a Petrobras Distribuidora, sendo responsável pela comercialização de produtos derivados de petróleo. Os resultados foram satisfatórios, pois a empresa se tornou líder, em 1975, na comercialização de derivados de petróleo, mantendo essa posição até os dias atuais. 
Com investimentos em qualificação profissional e aparatos tecnológicos, a Petrobras tem apresentado fortalecimento econômico a cada ano. O processo de ascensão teve início desde a sua criação com as consequentes descobertas de reservas petrolíferas. Entre as principais estão: 
1974 – Localizada na costa norte do Rio de Janeiro e sul do estado do Espírito Santo, a Bacia de Campos possui cerca de 100 mil quilômetros quadrados, sendo, até então, a mais importante reserva petrolífera do Brasil. Sua produção é responsável por 80% do petróleo nacional. 
1985 – Localizada na Bacia de Campos, o campo de Marlim foi descoberto em janeiro de 1985. Ele está a uma distância de aproximadamente 110 quilômetros do litoral do Rio de Janeiro. 
Pré-Sal
A descoberta de reservas de hidrocarbonetos em rochas calcárias que se localizam abaixo de camadas de sal (camada pré-sal) poderá triplicar as reservas de petróleo e gás natural do Brasil, a estimativa é que a produção alcance a marca de 50 bilhões de barris. 
Por todo esse processo histórico de evolução, atualmente a Petrobras é a maior empresa da América Latina, a quarta maior empresa petrolífera de capital aberto do planeta e a quarta maior empresa de energia do mundo. Sua atuação expandiu para outros países, estando presente em 27 nações diferentes.
 

Para entender um pouco mais do pré-sal e das novas pesquisas realizadas na área de combustíveis renováveis entre no site: http://www.petrobras.com.br/pt/energia-e-tecnologia/

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Novo presidente egípcio defende normalizar relações com Irã

SAMY ADGHIRNI
DE TEERÃ
25/06/2012

O novo presidente do Egito, Mohamed Mursi, defendeu em entrevista à imprensa iraniana a normalização das relações com Teerã, que por sua vez não esconde a satisfação com a vitória de um candidato islamita na eleição egípcia.
O esboço de reaproximação entre duas potências regionais que por décadas tiveram agendas geopolíticas diametralmente opostas deve gerar preocupação por parte de EUA e Israel, favoráveis ao isolamento internacional do Irã.
"Parte da minha agenda consiste em desenvolver os laços entre o Irã e Egito para criar um equilíbrio estratégico na região", disse Mursi anteontem à agência Fars, ligada à cúpula do regime iraniano.
A declaração é tida como sinal de convergência com o Irã numa frente contrária ao domínio do Oriente Médio por países aliados do Ocidente e de Israel, com quem o Egito tem um acordo de paz rejeitado por boa parte da população egípcia.
Foi esse pacto com Israel, firmado em 1979, que levou a República Islâmica do Irã a romper com o Egito, no ano seguinte.
Desde então, o Egito, país de maioria árabe sunita governado por militares seculares, tornou-se um aliado chave dos EUA no Oriente Médio.
Já o Irã, nação de maioria persa xiita, é dirigido por clérigos que rejeitam a influência e os interesses ocidentais no Oriente Médio.
Apesar de Mursi ter declarado ontem no discurso de vitória eleitoral que respeitaria o acordo com Israel, a Fars afirma ter ouvido do presidente egípcio que ele pretende "reavaliar" o tratado.
IRÃ X EGITO
Os acenos de Mursi coincidem com a contentamento das autoridades iranianas acerca da vitória de um islamita no país árabe mais populoso.
Um dos primeiros governos a parabenizar Mursi, Teerã elogiou a "dinâmica revolucionária do povo egípcio". Os termos usados pelo comunicado oficial refletem a tese oficial iraniana de que as revoltas árabes são a continuação da Revolução Islâmica de 1979 no Irã.
O deputado Alaeddin Boroujerdi, presidente da Comissão de Segurança Nacional e Relações Exteriores do Parlamento iraniano, disse que a elevação dos laços diplomáticos para o nível de embaixador é uma questão de tempo.
Hoje Irã e Egito mantêm relações em nível de encarregado de negócios, título dado a chefes de missão que não ocupam o cargo de embaixador.
DIVERGÊNCIAS
Apesar do entusiasmo retórico, divergências separam os governos egípcio e iraniano. O Egito, por exemplo, rejeita o apoio do Irã ao regime sírio de Bashar Assad.
Além disso, a agenda externa iraniana é norteada pela rejeição ao modelo de islã sunita praticado pela Irmandade Muçulmano, grupo de onde surgiu Mursi.
Segundo analistas, Egito e Irã podem melhorar a relação bilateral, mas continuarão sendo potências regionais com interesses rivais.



Presidente paraguaio sofre impeachment

O presidente Fernando Lugo deixou o cargo na sexta-feira (22/06) após quatro anos no poder. Ele sofreu um impeachment conduzido às pressas pela oposição no congresso. 


No domingo, 24/06, o Mercosul e a Unasul resolveram suspender a participação paraguaia nas próximas reuniões diplomáticas. Tal medida é uma reação a destituição de Fernando Lugo da presidência. Veja na reportagem abaixo:



Paraguai: MST entram em conflito com polícia local

No dia 16/05, o conflito entre policiais e sem-terra no Paraguai causou a demissão do ministro do Interior, Carlos Filizzola, e do comandante da Polícia, Paulino Rojas. A decisão foi uma reação ao violento confronto no estado de Canindeyú (a 280 km da fronteira com o Brasil), que deixou 18 mortos e oitenta feridos. Acompanhe na reportagem abaixo: 

sábado, 16 de junho de 2012

Em jogada eleitoral, Obama suspende deportação de imigrantes ilegais jovens

16/06/2012
Gabriel Bonis
A menos de seis meses da eleição presidencial nos Estados Unidos, em novembro, o Departamento de Segurança Interior norte-americano anunciou nesta sexta-feira 15 que não irá mais deportar imigrantes ilegais que chegaram ao país menores de 16 anos e que hoje possuem até 30 anos. Às pessoas dentro destes critérios, o governo vai oferecer a chance de um visto de trabalho de dois anos, que pode ser renovado sem restrições de vezes. Os imigrantes precisam ainda comprovar que moram no país continuamente por cinco anos, não terem antecedentes criminais e estudar. A medida deve abarcar cerca de 800 mil pessoas e pode ser encarada como uma ação política de Barack Obama para angariar apoio do cada vez mais importante (e crescente) eleitorado latino, cuja comunidade deve ser a maior beneficiada. O ato tenta contornar a insatisfação deste público com a atual administração, que em 2008 obteve o apoio de 67% dos votantes latinos e não conseguiu defender temas caros a esse eleitorado, como a imigração.
Obama está em dívida com a agenda da comunidade latina. O presidente prometeu uma reforma imigratória ainda em seu primeiro ano de mandato, mas perdeu a maioria no Congresso para os republicanos, que bloquearam as ações do governo neste tema. Por isso, a mudança de estratégia em matéria de deportação atende a uma das principais exigências de organizações de defesa dos imigrantes ilegais nos últimos anos. Após o anúncio, o Conselho Nacional de La Raza, a maior entidade hispânica dos EUA, considerou a ação “sensível” e “positiva”. Uma reação que ressalta ainda mais um provável viés político no ato.
Para Cristina Soreanu Pecequilo, professora de Relações Internacionais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e especialista em EUA, a medida é “compensatória”. “O objetivo é apaziguar o ânimo da comunidade latina, principalmente porque eles têm se mostrado indiferentes a um segundo mandato de Obama ou até mesmo cooptáveis pelos republicanos”, diz. E isso se deve a diversos fatores, como o aumento recorde de deportações, cerca de 400 mil ao ano, e o fracasso da administração em aprovar reformas no Congresso para legalizar a situação de jovens que chegaram ao país de forma involuntária, acompanhando seus pais ou familiares. Entre elas está o Dream Act, que visava estabelecer um caminho para a cidadania norte-americana a esse público, permitindo que pudesse entrar no ensino superior.
Um revés ainda pior no tema veio em 2010. O estado do Arizona aprovou uma dura lei a criminalizar pela primeira vez a imigração ilegal e determinou que a polícia estatal detivesse suspeitos sem documentos em ordem. A iniciativa foi seguida pela Carolina do Sul, Utah e Alabama. Mas a administração Obama conseguiu lidar com o problema ao processar o Arizona alegando a inconstitucionalidade da lei. A Suprema Corte do país analisou o caso em abril, mas ainda não se manifestou em definitivo. “A eleição pode ter sido decidida [a favor de Obama] ali. Foi um movimento muito popular entre os latinos”, disse à época Rogan Kersh, reitor da Universidade de Nova York para Assuntos Acadêmicos e Ph.D em Ciências Políticas pela Universidade Yale, em entrevista a CartaCapital. O ato do governo funcionou tão bem que a decisão da corte pode ser irrelevante, argumentou o professor. “Se a lei for rejeitada, a administração vai poder dizer que derrubou uma medida odiada pela comunidade latina. Caso se decida pela validade, veremos eleitores latinos irritados indo em massa às urnas em novembro para se opor a essa decisão.”
Para Obama ter os eleitores latinos do seu lado é um fator preponderante para concretizar uma eventual vitória. Pecequilo acredita, porém, que o presidente vai precisar fazer mais que suspender a deportação de jovens em situação ilegal nos EUA para reconquistar a parcela da comunidade hispânica que se afatou de seu governo. “É um paliativo”, diz. Por outro lado, Rubens Antonio Barbosa, ex-embaixador do Brasil nos EUA e em Londres, destaca que ela integra o programa de Obama de inserção de imigrantes no país, mas não nega o lado político da ação. Para ele, o ato pode ser uma estratégia de defesa contra a tentativa de Mitt Romney, candidato republicado à presidência, de se aproximar dos latinos. “Há a chance de Romney ter como seu vice o senador pela Flórida Marco Rubio, de origem cubana”, diz. Logo, prossegue Barbosa, Obama quer balancear os votos da comunidade latina, especialmente na Flórida, estado com grande peso político no sistema eleitoral americano e onde há enorme incerteza sobre a vitória dos democratas ou republicanos. Uma estratégia que pode ter sido desenhada há tempos. “Desde o início do ano, ninguém pensa em outra coisa a não ser na eleição”, afirma.
Segundo a La Raza, entidade hispânica, Obama precisa de ao menos 60% dos votos latinos para ganhar e Romney não pode ter menos de 40%. A pesquisa Gallup mais recente mostra o atual presidente com 67% de intenção de votos nesta parcela da população, contra 26% do republicano. Nos Estados Unidos vivem cerca de 11,5 milhões de imigrantes ilegais, a maioria de origem hispânica. Além disso, os latinos têm um peso de 9% no eleitorado. Mas Barbosa acredita que esse não será o único eleitorado decisivo. “Os latinos são uma fração muito importante em estados como Flórida, Califórnia e na região de Boston (Massachusetts). Mas os votos dos independentes, entre 10% e 15%, serão mais decisivos.”
Mas para Pecequilo, o maior problema para os democratas não é a perda de alguns eleitores latinos para Romney, mas que o desinteresse com a administração de Obama chegue a um nível de frustração que a comunidade não vá às urnas. “Em 2008, houve uma participação alta e uma mobilização grande do partido, o que foi decisivo para a vitória”, explica. “A desmobilização é muito perigosa para os democratas, pois hoje há um vácuo naquela campanha de 2008 baseada na esperança. E isso pode custar caro para Obama, que vai ter que reconquistar esses eleitores e leva-los às urnas.”
Com informações AFP.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Brasil já gastou quase R$ 2 bilhões no Haiti

11/06/2012 - 05h56
DE SÃO PAULO

O que começou como uma operação emergencial de seis meses, com um custo previsto de R$ 150 milhões, completou no início deste mês oito anos de duração, a um preço de quase R$ 2 bilhões.
A informação é da reportagem de Rubens Valente publicada na edição desta segunda-feira da Folha. A reportagem completa está disponível a assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha.
A operação militar do Brasil no Haiti, iniciada em 1º de junho de 2004 como parte do plano do governo Lula para obter um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, consumiu até agora mais de seis vezes o que foi gasto pelo governo federal com a Força Nacional brasileira entre 2006 e 2012.
OUTRO LADO
Em nota, o ministério afirmou à Folha que os gastos estimulam a indústria militar brasileira. "A aquisição de material moderno para equipar os militares brasileiros permite, além da eficiência no emprego da tropa, fomentar a indústria de defesa brasileira e projetar o Brasil internacionalmente."
Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress





sábado, 2 de junho de 2012

Medidas protecionistas travam comércio entre Brasil e Argentina.

O Brasil começou a dificultar a importação de produtos argentinos em resposta às medidas que o país adotou contra as exportações brasileiras. Acompanhe no vídeo abaixo:


Desativação do lixão de Gramacho (RJ)


Após mais de 30 anos de funcionamento, o Aterro Sanitário de Gramacho, situado em Duque de Caxias, teve suas atividades encerradas na manhã de domingo (03/06/12). 
Veja a reportagem abaixo e após leia a matéria publicada no jornal Folha de S. Paulo.


01/06/2012 - 17h10

DO RIO

A Prefeitura do Rio afirmou que o lixão de Gramacho só será desativado oficialmente na manhã do próximo domingo (3). O encerramento das atividades do aterro estava previsto para esta semana, mas foi adiado por causa do acerto de pagamento dos recursos do fundo aos catadores de lixo, que acontece nesta sexta-feira após acordo do conselho da categoria com o governo municipal.
De acordo com a prefeitura, o fechamento do depósito foi prorrogado porque a quantidade de lixo despejada no aterro é menor no final de semana.
Folha revelou na segunda-feira (28) que o lixão --considerado o maior da América Latina-- será desativado sem uma avaliação que aponte o real tamanho dos danos causados ao meio ambiente pela atividade inadequada.
O Ministério Público do Rio estuda ajuizar uma ação para obrigar os órgãos públicos de limpeza e meio ambiente do Estado e do município a fornecer informações sobre a contaminação ambiental gerada pelo lixão de Gramacho. De acordo com o promotor do Meio Ambiente Marcus Leal serão solicitadas informações e um estudo que apresente "de forma satisfatória" a contaminação no local.
Durante 34 anos, a Prefeitura do Rio e de outros oito municípios da região metropolitana depositaram 70 milhões de toneladas de todos os tipos de resíduos no local sem qualquer cuidado ou proteção ambiental.
O lixão está localizado sobre um mangue às margens da baía de Guanabara e na confluência dos rios Sarapuí e Iguaçu. Ao redor dele, existem ao menos 42 lixões clandestinos que contaminaram o solo e lençol freático com metais como chumbo.



sexta-feira, 1 de junho de 2012