terça-feira, 26 de julho de 2011

Combate ao narcotráfico na fronteira Brasil - Peru

No início de julho de 2011, a Polícia Federal do Brasil e a Polícia Nacional do Peru realizaram, pela primeira vez, uma operação em conjunto na fronteira para prender narcotraficantes e destruir plantações de coca. Acredita-se que este tipo de operação seja mais eficiente no combate às drogas pois foca-se na raiz do problema (literalmente). Abaixo há duas reportagens, uma do Jornal da Band e outra do Bom Dia Brasil. Apesar de tratarem do mesmo assunto, apresentam informações complementares relevantes, e por isso vale a pena assistir as duas. Aproveite também para votar na enquete no topo da página!

domingo, 17 de julho de 2011

Entenda a crise na Grécia e suas implicações

O 1° semestre de 2011 foi marcado por muita agitação na Grécia por causa da grave crise que continua no país. O governo grego, influenciado por instituições internacionas (BC europeu e FMI) implementou duras medidas econômicas antipopulares para tentar sair desta situação. Para entendermos melhor o processo que está em curso, há uma reportagem do Jornal Nacional de 25/02 e outra da BBC Brasil de 29/06.

Reportagem da BBC Brasil:
Em meio a protestos populares em Atenas, o Parlamento grego aprovou um pacote de medidas de austeridade exigidas pelo FMI e a União Europeia (UE), para que a Grécia, que está em uma grave crise fiscal, receba a última parcela de um resgate financeiro.
Um segundo empréstimo já está sendo formulado, para evitar que a Grécia declare a moratória de sua dívida, o que poderia levar a uma série de calotes de outros países europeus igualmente em crise e à contaminação do sistema financeiro mundial.
Por que a Grécia já precisa de um segundo pacote de resgate?
O pacote original foi aprovado há pouco mais de um ano, em maio de 2010.
A razão para o resgate é que o país estava tendo dificuldades em obter dinheiro emprestado no mercado para quitar suas dívidas. Por isso recorreu à União Europeia e ao FMI.
A ideia era dar à Grécia tempo para sanear sua economia, o que reduziria os custos para que o país obtivesse dinheiro no mercado.
Mas isso não ocorreu até agora. Pelo contrário: a agência de classificação de risco S&P recentemente deu à Grécia a pior nota de risco do mundo (dentre os países monitorados pela agência).
Assim, o país continua tendo diversas dívidas a serem quitadas, mas não é capaz de obter dinheiro comercialmente para refinanciá-las.
Por que a Grécia está nessa situação?
A Grécia gastou bem mais do que podia na última década, pedindo empréstimos pesados e deixando sua economia refém da crescente dívida.
Nesse período, os gastos públicos foram às alturas, e os salários do funcionalismo praticamente dobraram.
Enquanto os cofres públicos eram esvaziados pelos gastos, a receita era afetada pela evasão de impostos – deixando o país totalmente vulnerável quando o mundo foi afetado pela crise de crédito de 2008.
O montante da dívida deixou investidores relutantes em emprestar mais dinheiro ao país. Hoje, eles exigem juros bem mais altos para novos empréstimos que refinanciem sua dívida.
O que a Grécia está fazendo para reverter a crise?
A Grécia apresentou planos para cortar seu deficit de maneira escalonada.
Para isso, o Parlamento grego aprovou, em 29 de junho, um pacote de medidas de austeridade apresentado pelo governo.
O plano prevê aumentos de impostos, cortes orçamentários, redução de benefícios previdenciários e privatizações, durante um período de cinco anos.
Para o setor público, o pacote do governo estabelece redução de ganhos de servidores e tetos salariais.
O plano prevê ainda o aumento da idade para a aposentadoria, em uma tentativa de economizar dinheiro no sistema de pensões, já sobrecarregado.
A população reagiu com protestos, alguns deles violentos.
Muitos servidores públicos acreditam que a crise foi criada por forças externas, como especuladores internacionais e banqueiros da Europa central.
Os dois maiores sindicatos do país classificaram as medidas de austeridade como “antipopulares” e “bárbaras”.
Por que a Grécia não declara moratória de suas dívidas?
Se o país não fosse membro da zona do euro, talvez fosse tentador declarar a moratória, o que significaria deixar de pagar os juros das dívidas ou pressionar os credores a aceitar pagamentos menores e perdoar parte da dívida.
No caso da Grécia, isso traria enormes dificuldades. As taxas de juros pagas pelos governos da zona do euro têm sido mantidas baixas ante a presunção de que a UE e o Banco Central Europeu proveriam assistência a países da região, justamente para evitar calotes.
Uma moratória grega, além de estimular países como Irlanda e Portugal a fazerem o mesmo, significaria um aumento de custos para empréstimos tomados pelos países menores da UE, sendo que alguns deles já sofrem para manter seus pagamentos em dia.
Se Irlanda e Portugal seguissem o caminho do calote, os bancos que lhes emprestaram dinheiro seriam afetados, o que elevaria a demanda por fundos do Banco Central Europeu.
Por isso, enquanto a Europa conseguir bancar a ajuda aos países com problemas e evitar seu calote, é provável que continue fazendo isso.
Então por que os países europeus não concordam logo com um novo pacote de resgate?
Alguns governos, como o da Alemanha, já defenderam que os bancos privados europeus também entrem na ajuda à Grécia. No entanto, existem temores de que o envolvimento destas instituições traga graves riscos ao mercado financeiro.
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, já chegou a um acordo para que os bancos franceses ajudem a Grécia, dando ao país mais tempo para pagar dívidas que estão prestes a vencer.
Os demais bancos da zona do euro estão sendo pressionados pelos governos para também ajudar o governo grego. As instituições alemãs já estariam interessadas no modelo francês.
No entanto, as agências de classificação de crédito, que estimam se a compra de bônus das dívidas dos países vale ou não a pena, já afirmaram que qualquer rolagem da dívida grega será considerada um "calote técnico", que pode levar à insolvência.
A agência de classificação de risco Moody’s já declarou que pode rebaixar a nota dos três maiores bancos da França por causa de sua vulnerabilidade à dívida grega.
A crise na Grécia pode se espalhar?
Se a Grécia promover um calote, os problemas podem se espalhar para a Irlanda e Portugal.
Mesmo sem uma moratória, ainda pode haver dificuldades, já que os pacotes de resgate oferecidos a esses dois países foram estruturados para ajudar Lisboa e Dublin até que seus governos fossem novamente capazes de obter dinheiro no mercado – como no caso de Atenas.
Um calote grego pode fazer com que investidores questionem se a Irlanda e Portugal não seguirão o mesmo caminho.
O problema real diz respeito ao que acontecerá com a Espanha, que só tem conseguido obter dinheiro no mercado a custos crescentes.
A economia espanhola equivale à soma das economias grega, irlandesa e portuguesa. Seria muito mais difícil para a UE estruturar, caso seja necessário, um pacote de resgate para um país dessa dimensão.
fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/06/110616_entenda_crisegrega_pai.shtml

sábado, 16 de julho de 2011

Alteração na migração interna do Brasil

No dia 15/07, o IBGE divulgou novas informações sobre a migração interna. Chama a atenção o fato da diminuição de migrantes nordestinos para o sudeste. Acompanhe a matéria da Folha on line abaixo:

"Cai número de brasileiros que migram de região, diz IBGE"
O número de brasileiros que migra de uma região do país para outra está em queda, revela estudo divulgado hoje pelo IBGE.
Metrópoles deixaram de ser principal destino de migrantes
Nascimento cai em favelas do Rio e bairros pobres de SP
Campo Grande é o bairro mais populoso do Rio, mostra IBGE
Novos dados do Censo aprofundam situação de municípios
De 1995 a 2000, 3,3 milhões de pessoas saíram de sua região para tentar a vida em um Estado em outra região. O fluxo principal era de nordestinos com destino ao Sudeste.
De 1999 a 2004, este contingente já foi menor: 2,8 milhões. De 2004 a 2009, caiu ainda mais, para 2 milhões de pessoas.
Para os técnicos do IBGE, a melhoria nas condições de vida no Norte e Nordeste e o crescimento de cidades médias em todas as regiões com mais serviços e opções de trabalho fez com que os deslocamentos, antes mais comuns entre grandes regiões, fossem substituídos por uma migração de pequena distância, muitas vezes entre cidades dentro da mesma região.
O principal fluxo de migração no país foi, principalmente no século passado, de nordestinos indo para o Sudeste. Este movimento já estava em queda ao final do século passado, e continuou perdendo força na primeira década do século atual.
De 1995 a 2000, quase um milhão de nordestinos (969 mil pessoas) saíram do Nordeste em direção ao Sudeste. De 2004 a 2009, este contingente caiu mais que pela metade, para 444 mil.
Houve gente que fez também o caminho inverso, do Sudeste para o Nordeste. Este fenômeno é explicado principalmente pela migração de retorno, ou seja, brasileiros que haviam migrado do Sudeste para o Nordeste, mas optaram por voltar nos últimos anos.
Analisando por Estado, as unidades da federação com maior saldo migratório (número de imigrantes superior ao dos que saem, o que faz com que ganhem população) foram Goiás, Santa Catarina e Espírito Santo. No outro oposto --Estados que na conta dos que entraram e saíram acabaram perdendo população-- estão Bahia, São Paulo e Pará.
fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/943867-cai-numero-de-brasileiros-que-migram-de-regiao-diz-ibge.shtml

quarta-feira, 13 de julho de 2011

O nascimento do Sudão do Sul

No dia 09/07/2011 o continente africano deu à luz mais um país no mundo, o Sudão do Sul.
O país nasce a partir de um acordo de paz firmado em 2005, após 12 anos de uma guerra civil que deixou 1,5 milhão de mortos. Em janeiro, 99% dos eleitores do Sudão do Sul votaram a favor da separação da região, predominantemente cristã e animista, em relação ao norte, governado a partir de Cartum (capital do Sudão), onde a população é em sua maioria muçulmana e de origem árabe.
Apesar de possuir grandes reservas de petróleo, o Sudão do Sul nasce como um dos países mais pobres do mundo, com a maior taxa de mortalidade materna, a maioria das crianças fora da escola e um índice de analfabetismo que chega em 84% entre as mulheres.
Embora não haja estatísticas oficiais, a ONU estima que a população do país varie entre 7,5 e 9,5 milhões. O Sudão do Sul também nasce sendo um dos maiores do continente, superando as áreas de Quênia, Uganda e Ruanda somadas.
A independência está sendo celebrada sem que as fronteiras entre o sul e o norte já estejam completamente definidas. Um foco de tensão é o debate sobre quem ficará a região de Abyei, rica em petróleo.
Em maio, forças do Sudão do Norte entraram em Abyei. Os conflitos forçaram 170 mil pessoas a deixarem suas casas, para fugir da violência.
O acordo de 2005 previa um referendo para os moradores da área decidirem se ficariam com o norte ou o sul, mas por causa da tensão a votação ainda não ocorreu.
Antecipando-se a uma eventual retomada da guerra civil, o Conselho de Segurança da ONU aprovou, também em maio, o envio de uma missão de paz com 7 mil militares para a área, a maioria da Etiópia.
A separação também acendeu os ânimos na região de Kordofan do Sul, que está sob controle do governo de Cartum.
Povoada por minorias étnicas sem ligação com a população árabe do norte, a região quer se juntar ao novo país. Confrontos na região já provocaram o deslocamento de 60 mil moradores.
Petróleo e capital
A questão do petróleo é uma das questões mais sensíveis na divisão do Sudão.
A maior parte das reservas fica no sul, mas quase toda a infraestrutura para refino e transporte fica no norte. Por enquanto, a receita é dividida meio a meio.
Além de discutir uma nova divisão nos lucros, o sul e o norte também têm de dividir a dívida pública do Sudão.
A nacionalidade dos sul-sudaneses que vivem no norte é outro problema. O governo de Cartum já revogou a cidadania destas pessoas, que agora migram em massa para a antiga terra natal, para se tornarem cidadãos do mais novo país do mundo.
fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/07/110708_sudao_do_sul_independencia_mm.shtml
No link abaixo há uma reportagem do Jornal da Band sobre este assunto mostrando a festa de independência:

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Vulcão Puyehue (Chile)

No dia 12/06/2011, o Fantástico exibiu uma reportagem sobre a atuação do vulcão chileno Puyehue que entrou em atividade no início de junho, provocando um caos aéreo no Sul da América do Sul. Acompanhe abaixo: