segunda-feira, 23 de abril de 2012

BRICS

No fim de março de 2012, os países emergentes, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS), reuniram-se em na Índia para discutirem problemas sobre a economia global e uma coordenação política mais estreita.. Além disso, foram tratadas questões como o aumento das relações comerciais e dos investimentos entre os países membros.


Conflitos entre fazendeiros e indígenas no sul da Bahia

A briga está relacionada com da disputa de terras entre fazendeiros e indígenas.
Acompanhe a reportagem abaixo:


Acidentes ambientais provocados por derramamento de petróleo

O petróleo é um dos recursos energéticos mais importantes para o ser humano, mas é preciso tomar cuidado com a exploração. Nos últimos anos, dois acidentes ambientais chamaram a atenção, sendo um na costa dos EUA e outro no litoral do Brasil. Acompanhe abaixo as reportagens sobre derramamento de petróleo no Golfo do México (04/2010) e na Bacia de Santos (09/2011).


terça-feira, 17 de abril de 2012

MST fecha estradas e invade prédios em pelo menos sete Estados

17/04/2012
DANIEL CARVALHO
DE SÃO PAULO
AGUIRRE TALENTO
DE BELÉM



Em mais de um dia de protestos pelo país, o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) bloqueou estradas e ocupou prédios em vários Estados na manhã desta terça-feira (17).
A onda de manifestações integra o chamado "Abril Vermelho", jornada de invasões realizada anualmente pelo movimento pedir rapidez e melhoras na reforma agrária e também lembrar o massacre de Eldorado dos Carajás (PA), onde 19 agricultores do MST foram mortos pela polícia em 1996.

Após anunciar ações em 13 Estados nesta segunda-feira (16), o movimento diz manter ou promover novos atos em pelo menos dez Estados nesta terça-feira (17). A Folhaconseguiu confirmar manifestações em sete deles.
Em São Paulo, o MST fez uma manifestação de aproximadamente 40 minutos na rodovia Anhanguera, em Perus, zona norte. Cerca de 300 pessoas chegaram a bloquear o fluxo dos veículos na chegada à capital, mas a pista foi liberada por volta das 10h20, de acordo com a Autoban, concessionária que administra a rodovia.
Em Minas Gerais, os sem-terra fazem manifestação no quilômetro 658 da rodovia Fernão Dias (BR-381), que liga Belo Horizonte a São Paulo.
De acordo com a assessoria de imprensa da OHL Brasil, concessionária da autopista, manifestantes fecharam cinco das seis cabines do pedágio, o que gerou congestionamento de um quilômetro no sentido SP-BH, por volta das 12h.
Às 15h, o engarrafamento havia diminuído para 200 metros. Motoristas estão passando pela única cabine livre sem pagar.
A sede do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) em Belo Horizonte foi ocupada pela manhã, mas a situação era tranquila no local, segundo o instituto.
Em Pernambuco, os sem-terra fecharam 15 pontos de dez rodovias --duas estaduais e oito federais-- e invadiram duas fazendas.
Na Bahia, os agricultores ocupam a superintendência do Incra e fecharam pontos de três rodovias federais. Desde o início do mês eles ocupam 24 fazendas.
No Ceará, agricultores estão na sede do palácio do governo, em Fortaleza.
No Rio Grande do Sul, 200 famílias mantêm invadidas duas propriedades. Agricultores fazem interrupções de 21 minutos em rodovias de nove municípios do Estado.
Em Mato Grosso, manifestantes bloquearam, pelo segundo dia, a BR-163, principal rodovia da região para escoar grãos para exportação.
O MST diz ainda que bloqueia rodovias em Sergipe, Alagoas e no Paraná. Segundo o movimento, também houve manifestação e ocupação de prédio do Incra em Florianópolis.






Presidente da Repsol afirma que vai recorrer à Justiça

DA EFE, EM MADRI
17/04/2012

O presidente da Repsol, Antonio Brufau, acusou nesta terça-feira o governo da Argentina de ter produzido uma campanha de "fustigação, coações e vazamentos interesseiros e planificados" para provocar a queda do preço da YPF e facilitar assim sua desapropriação a preço de saldo.
Em entrevista coletiva em Madri, Brufau qualificou a intenção do governo argentino de nacionalizar a YPF de "ato absolutamente ilegítimo e injustificável" e relacionou esta atuação à descoberta da jazida "Vaca Muerta", uma das mais importantes dos últimos anos.
O presidente da petrolífera espanhola anunciou que recorrerá à Justiça internacional e exigirá uma compensação "justa" pelas ações de expropriação, pelo menos da mesma quantia que corresponderia aos acionistas de acordo com a lei e que a companhia calcula em US$ 46,55 por ação, o que avaliaria a YPF em US$ 18,3 bilhões.
O presidente da Repsol explicou que apesar de suas reiteradas tentativas de reunir-se com a presidente argentina, Cristina Kirchner, para buscar uma solução negociada ao conflito criado em torno da YPF, a governante se negou.
ASSALTO
Brufau também criticou o assalto à sede da YPF protagonizado ontem por funcionários argentinos, que "tiraram nosso pessoal e tomaram o controle da companhia antes mesmo de a presidente acabar de explicar o decreto de desapropriação".
"Estes atos não ficarão impunes", advertiu Brufau, para quem a intenção de expropriar a YPF também está relacionada com a profunda crise econômica e social pela qual atravessa a Argentina.
Atualmente, a Repsol controla 57,4% do capital da YPF, companhia da qual o Executivo argentino pretende controlar 51% mediante a desapropriação de suas ações.
US$ 10,5 BILHÕES
A petrolífera espanhola Repsol calculou nesta terça-feira em US$ 10,5 bilhões a sua participação de 57,4% na YPF e disse que para expropriar 50,1% da companhia o governo argentino deve lançar uma oferta pública de aquisição de ações (OPA).
Em entrevista coletiva em Madri, o presidente da Repsol, Antonio Brufau, explicou que para uma aquisição igual ou superior a 15%, segundo o estatuto da YPF, o comprador deve formular uma OPA pela totalidade das ações.
Para determinar o preço por ação da YPF é preciso multiplicar o índice Preço/Lucro máximo registrado pela companhia nos dois últimos anos pelo resultado líquido por ação dos últimos 12 meses.
O resultado desta operação levaria o valor de cada ação da YPF a US$ 46,55, o que avaliaria a companhia em US$ 18,3 bilhões.
editoria de arte/folhapress





sábado, 14 de abril de 2012

Cuba fará reforma migratória, diz presidente da Assembleia Nacional

13/04/2012
DE SÃO PAULO

O presidente da Assembleia Nacional de Cuba, Ricardo Alarcón, afirmou em entrevista que o governo do ditador Raúl Castro implementará "uma reforma migratória radical e profunda nos próximos meses". A informação foi difundida nesta sexta-feira por páginas relacionadas com o regime comunista.
"Um dos temas que estamos debatendo atualmente ao mais alto nível do Estado se refere à questão migratória. Vamos fazer uma reforma migratória radical e profunda nos próximos meses para eliminar as restrições contra a emigração".
Uma das mudanças previstas é a dispensa de autorização de viagem ao exterior para cidadãos cubanos e a dispensa de permissão para emigrantes. A intenção, segundo Alarcón, é contemplar o número de imigrantes cubanos nos exterior que saíram do país por razões econômicas e desejam manter uma relação pacífica com a ilha.
"A comunidade cubana no Exterior é o segundo grupo de pessoas em ordem de importância que viaja a Cuba anualmente. Cerca de meio milhão de cubanos instalados fora de nossas fronteiras nos visitam a cada ano. A imensa maioria da emigração cubana tem uma relação normal com sua pátria de origem".
Caso aconteça, será a maior reforma migratória desde 1959, quando começou o regime. A declaração foi feita ao jornalista francês Salim Lamrani, publicada na quinta pelo site Rebelion.org e difundida por meios estatais cubanos nesta sexta-feira.
RESTRIÇÕES
Na entrevista, Alarcón criticou a Lei de Ajuste Cubano dos Estados Unidos, que concedem residência definitiva a todos os cidadãos de Cuba que chegam ao país, de forma legal ou ilegal. E também disse que manterá as restrições para o que chama de "capital humano", como médicos e professores.
"A formação desses profissionais custa muito caro para o Estado cubano e os Estados Unidos fazem de tudo para nos privar dessas riquezas humanas. Temos o dever de proteger nosso capital humano".
O discurso revela a intenção de atrair a imigração de cidadãos que não tem relação direta com a dissidência política, ao mesmo tempo em que implementa reformas econômicas. Atualmente, os emigrados cubanos que visitam a ilha tem visto de turista de 30 dias, renováveis por igual período.
Já os moradores de Cuba precisam de uma permissão de viagem, com um convite da instituição ou pessoa física que receberá o cubano. O pedido é avaliado pelo governo e, caso seja concedido, tem uma permissão de 30 dias e pode ser renovado até o limite de 11 meses.
Em sua página no microblog Twitter, a blogueira Yoani Sánchez, que teve sua saída rejeitada em diversas ocasiões, duvidou do alcance das medidas. "Fala-se de uma possível reforma migratória nos próximos meses. Eu me pergunto se a reforma será para todos. Terá filtros ideológicos?".
Com informações de FLÁVIA MARREIRO, de São Paulo.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1075947-cuba-fara-reforma-migratoria-diz-presidente-da-assembleia-nacional.shtml

Dilma aceita acordo que anistia desmate de pequeno produtor

14/04/2012
De São Paulo
A presidente Dilma Rousseff deu o sinal verde para um acordo sobre a reforma do Código Florestal que flexibiliza ainda mais a recomposição de áreas desmatadas ilegalmente, anistiando pequenos e médios produtores rurais, informa reportagem de Valdo Cruz e Claudio Angelo, publicada na Folha deste sábado (a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
Segundo a Folha apurou, Dilma só aceita mudanças para beneficiar os pequenos agricultores, mas não quer alterações nas regras para os grandes produtores.
O acordo prevê que a Câmara elimine do texto em tramitação o artigo que estabelece as faixas mínimas de recomposição das APPs (áreas de preservação permanente) em margem de rio.
Nesta semana, o governo adiou para junho a cobrança de multas dos proprietários rurais que não registrarem a área de reserva legal de suas terras nem se comprometerem a compensar desmatamentos.
A decisão foi publicada em edição extra do "Diário Oficial da União" na quarta-feira (11) e foi tomada pelo Planalto para dar margem às últimas negociações da reforma do Código Florestal, que está em tramitação na Câmara.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Helicóptero para resgate de reféns das Farc decola na Colômbia

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
02/04/2012

Um helicóptero brasileiro que transporta a missão humanitária para o resgate dos reféns que a guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) libertará nesta segunda-feira na selva colombiana partiu do aeroporto de Villavicencio com duas horas de atraso por causa do mau tempo.
Para a operação, as ações do Exército foram suspensas na área. As Farc prometeram libertar hoje seis policiais e quatro militares que estão em cativeiro há mais de 12 anos, e que, segundo o grupo, são os últimos militares sequestrados. Um primeiro grupo deve ser solto nesta segunda-feira, e os outros reféns na quarta-feira (4).
MAURICIO DUEÑAS/Efe
Helicóptero que transporta missão humanitária para resgate de reféns das Farc decola na Colômbia
Helicóptero que transporta missão humanitária para resgate de reféns das Farc decola na Colômbia
No aeroporto de Villavicencio, dezenas de familiares se despediram da missão humanitária do CICV (Comitê Internacional da Cruz Vermelha)-- com orações.
A missão utiliza dois helicópteros cedidos pela Força Aérea brasileira. A comissão é formada por membros do CICV e por três integrantes do coletivo Colombianos e Colombianas pela Paz (CCP), entre eles a ex-senadora Piedad Córdoba, facilitadora da libertação dos reféns.
O CICV, o CCP e o governo do Brasil já participaram de libertações anteriores de reféns das FARC --a principal guerrilha da Colômbia com cerca de 9.000 combatentes, segundo cálculos oficiais.
REFÉNS
"Esperamos que Luis Alfonso chegue são e salvo. Queremos que ele esteja entre nós, com sua alegria e força. É corajoso. Esperamos que este seja o início de muitas libertações de reféns, principalmente de civis", disse José Ariel Beltrán, tio do sargento do Exército Luis Alfonso Beltrán, sequestrado em 3 de março de 1998.
LUIS ACOSTA/France Presse
Ex-senadora Piedad Córdoba (à dir.) chora quando helicóptero decola para missão
Ex-senadora Piedad Córdoba (à dir.) chora quando helicóptero decola para missão
Os reféns soltos devem chegar na tarde de hoje a Villavicencio, de onde serão imediatamente transportados a Bogotá para exames médicos. Desde 2008, a ex-senadora Córdoba mediou a libertação de 20 reféns políticos e militares das Farc, entre eles a ex-candidata presidencial de nacionalidade colombiana e francesa Ingrid Bettancourt, em 2008.
Recentemente, as Farc, que prometeram abandonar os sequestros de civis, iniciaram um diálogo com o presidente Juan Manuel Santos. O governo exige que a guerrilha dê fim aos sequestros, atentados e recrutamento de menores.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Há 30 anos, Guerra das Malvinas ajudou Thatcher e derrubou ditadura argentina

DA FRANCE PRESSE, EM BUENOS AIRES
02/04/2012

A guerra das Malvinas, que teve início há 30 anos, garantiu a reeleição da então primeira-ministra britânica Margaret Thatcher após a vitória do Reino Unido, enquanto a derrota da Argentina provocou a queda da ditadura militar. No entanto, o conflito não deu fim à disputa pela soberania sobre as ilhas do Atlântico Sul.
A ditadura do general Leopoldo Galtieri, chefe de Estado na ocasião do regime instalado em 1976, ordenou a invasão às ilhas na madrugada de 2 de abril de 1982, no que foi considerado "uma aventura militar, sem preparação nem organização", segundo o Relatório Rattenbach, nome do general argentino que dirigiu a investigação.
A presidente argentina, Cristina Kirchner, acaba de suspender o sigilo que pesava sobre o documento, uma grande investigação de pós-guerra feita pelos comandantes militares que sugeriu considerar a prisão perpétua ou pena de morte para Galtieri e outros altos oficiais.
Três dias antes do desembarque de oficiais da Marinha argentina no desguarnecido arquipélago, a ditadura responsável pelo desaparecimento de até 30 mil opositores, segundo organizações de defesa dos direitos humanos, havia sofrido um duro golpe com uma greve da central sindical CGT que comoveu o país, que tinha a economia em colapso.
"Ante a agitação social, a ditadura surpreendeu a população com um ato antiimperialista. Assassinos do porte de Galtieri não podiam encabeçar sinceramente nenhum gesto emancipador", declarou à AFP o historiador Felipe Pigna, autor do best-seller "Os Mitos da História".
Mas a convocação patriótica ao sentimento de toda uma nação, educada com a informação de que as Malvinas "são e serão argentinas", produziu uma virada e as praças ficaram lotadas de fanáticos que apoiavam a recuperação das ilhas, ocupadas pelo Reino Unido em 1833, quando expulsaram as autoridades enviadas por Buenos Aires.
A 'dama de ferro' britânica passava por um momento ruim por suas impopulares medidas econômicas, mas emergiu da guerra como um paladino da democracia e a libertadora da pequena população das Falklands (a denominação britânica), que hoje tem apenas 3.000 pessoas, em sua grande maioria súditos britânicos.
AFUNDEM O BELGRANO
Thatcher despachou uma força-tarefa que combateu nas ilhas e, inclusive, nas áreas vizinhas, onde aplicou um duro golpe com sua ordem "Afundem o Belgrano!", um antigo cruzeiro americano da 2ª Guerra Mundial (1939-1945) que foi torpedeado pelos britânicos, provocando a morte de 323 tripulantes argentinos.
Os torpedos também destruíram qualquer possibilidade de solução pacífica, num momento em que as nações da América Latina apoiavam uma negociação e a retirada das tropas argentinas com a intervenção dos Capacetes Azuis das Nações Unidas.
Foram 649 os mortos argentinos e 255 os britânicos em 74 dias de conflito, com a rendição das tropas de Galtieri, em sua maioria recrutas sem treinamento, em 14 de junho, três dias depois que o papa João Paulo 2º apelou pela paz em sua visita a Buenos Aires.
O papa calou os falcões da ditadura, que pretendiam duplicar as tropas em defesa do rebatizado Puerto Argentino (Port Stanley, segundo Londres).
A aviação argentina ainda conseguiu danificar e afundar navios da frota britânica, entre eles a fragata "Sheffield", mas as forças terrestres, mal conduzidas e mal equipadas --que sofreram com o frio, a fome e até torturas de seus próprios superiores - foram arrasadas pela infantaria e pela aviação britânicas.
"Havia uma Junta Militar que estava tentando sobreviver e fez um cálculo errado de suas capacidades e possibilidades de êxito. O maior erro não foi operacional: foi a guerra", declarou à AFP Juan Recce, especialista em defesa do Centro Argentino de Estudos Internacionais.
Galtieri, adepto das bebidas, cometeu um erro colossal ao achar que Washington não tomaria partido em favor da Grã-Bretanha e seria neutro, em função da cooperação militar argentina com os contras nicaraguenses e com os governos de El Salvador, Honduras e Guatemala, segundo o Informe Rattenbach.
Se antes da guerra havia colaboração e um ambiente de diálogo com a Grã-Bretanha, depois da guerra Londres se tornou mais dura que nunca na defesa da autodeterminação de seus súditos.
SEM NEGOCIAÇÃO
A Argentina tentou desde então quase todos os métodos para que o Reino Unido aceitasse negociar a soberania, como estabelece uma histórica resolução com maioria esmagadora votada pela Assembleia da ONU em 1965.
As relações foram restabelecidas pelo ex-presidente Carlos Menem (1989-1999), que também cristalizou seus sonhos de viajar a Londres, ver a rainha, receber o príncipe Andrew em 1994 e o príncipe Charles em 1999.
Esta estratégia de veludo incluiu ainda que seu chanceler, Guido Di Tella, enviasse de presente aos malvinenses simpáticos ursinhos Puff e oferecesse a eles US$ 1 milhão para que aceitassem a soberania argentina.
Tudo foi inútil para realizar uma negociação, assim como tampouco trouxe resultado a dureza dos Kirchner (o falecido ex-presidente Néstor e sua esposa Cristina), ao romper acordos e impedir que até cruzeiros turísticos das Malvinas parassem em território argentino.
Os malvinenses vivem agora uma era de prosperidade, sob proteção de tropas e barcos britânicos, com elevadas receitas pelas licenças de pesca e de petróleo.
"A novidade é que as comprovadas reservas de petróleo são um ativo estratégico de enorme valor. Isto permite que Londres tenha um recurso vital e dá à ilha um funcionamento autônomo", disse à AFP Juan Tokatlian, diretor de Ciência Política na Universidade Di Tella e mestre na universidade americana Johns Hopkins.
RECURSOS NATURAIS
O cientista político Rosendo Fraga, membro do Instituto de História Militar, disse à AFP que "o grande tema de longo prazo no Atlântico Sul são os recursos naturais da Antártica".
"O Reino Unido --comentou-- reivindica a soberania territorial a partir de sua presença nas Malvinas e esta pretensão se choca com as que sustentam Argentina e Chile".
Mas, à margem das análises, aquela guerra de 30 anos atrás teve como vencedores Margaret Thatcher, que ganhou muita popularidade e se converteu no primeiro-ministro que permaneceu por mais tempo no cargo em seu país no século 20 (1979-1990), e a sociedade argentina, que, enquanto chorava seus mortos e mutilados, recuperou a democracia quando o agonizante regime precisou convocar eleições, em 1983.
Editoria de Arte/Folhapress
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1069642-ha-30-anos-guerra-das-malvinas-ajudou-thatcher-e-derrubou-ditadura-argentina.shtml

Sem-teto se concentram em praça após passeata em SP; via é liberada

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
02/04/2012
Os manifestantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) se concentravam por volta das 13h30 desta segunda-feira na praça Gomes Pedrosa, próxima ao Palácio dos Bandeirantes (sede do governo do Estado), na zona oeste de São Paulo. Eles protestam desde a manhã contra a ordem de despejo do movimento de dois terrenos ocupados na Grande São Paulo.

Segundo assessoria do governo do Estado, o secretário da Casa Civil, Sidney Beraldo, e o presidente do CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) estão reunidos com seis representantes do MTST para conversar sobre as solicitações do movimento.
Mais cedo, eles interditaram a avenida Jorge João Saad, o que complicou o trânsito na região. Segundo a PM, cerca de 2.000 pessoas participam do protesto.
O grupo começou a caminhada em Taboão da Serra (região metropolitana) e chegou a São Paulo pela avenida Professor Francisco Morato, interditando duas faixas da via. A lentidão na avenida congestionamento por volta das 10h30.
O sem-teto exigem a suspensão do despejo deles de dois terrenos ocupados em março deste ano, em Santo André e em Embu das Artes.
"Vamos exigir do governo solução habitacional para essas pessoas", disse Guilherme Boulos, um dos coordenadores MTST. De acordo com a PM, a passeata segue pacífica.
Marcelo Justo/Folhapress
Integrantes do MTST protestam próximo ao Palácio dos Bandeirantes; veja fotos
Integrantes do MTST protestam próximo ao Palácio dos Bandeirantes; veja fotos
TRÂNSITO NA CIDADE
Apesar do ato dos sem-teto, a cidade de São Paulo tinha 12 km de congestionamento por volta das 13h30, o que representa 1,4% dos 868 km de vias monitoradas. O índice estava abaixo da média do horário, que é de 1,7%.
No horário, a avenida Santo Amaro era a via mais congestionada da cidade, com 1,4 km de filas, sentido centro. A retenção ia da avenida Roberto Marinho até o viaduto Santo Amaro.
Havia lentidão também na rua da Consolação, onde a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) apontava 1,3 km de filas, no sentido centro. O congestionamento estava entre a avenida Paulista e a rua Piauí.
Segundo o serviço da empresa MapLink, usado pela Folha, a cidade tinha 290 km de filas por volta das 13h30.