quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Violência na Nigéria já deslocou 90 mil pessoas

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
28/12/2011 - 07h51

Os violentos confrontos entre islamitas radicais e as forças de segurança na semana passada forçaram o deslocamento de 90 mil pessoas na cidade de Damaturu, nordeste da Nigéria.
"Temos até o momento 90 mildeslocados pela violência em Damaturu", disse Ibrahum Farinloye, coordenador da agência nacional de emergências para o nordeste do país. "Desaconselhamos que sigam para os campos temporários (de refugiados). Muitos estão dormindo em casas de amigos ou parentes".
Os confrontos entre membros do grupo radical Boko Haram e as forças oficiais deixaram quase cem mortos, segundo a polícia e organizações de defesa dos direitos humanos.
Posteriormente, atentados, em sua maioria contra igrejas, atribuídos ao Boko Haram, deixaram pelo menos 40 mortos no domingo de Natal na Nigéria.
O porta-voz da Nema (sigla em inglês para Agência de Gerenciamento de Emergências Nacional, em tradução livre), Yushau Shuaib, e o porta-voz da polícia local, Richard Oguche, afirmaram que a primeira explosão aconteceu na igreja de Saint Theresa, na cidade de Madalla, próxima à capital, Abuja.
Pouco tempo depois, uma segunda explosão foi relatada perto de uma igreja na cidade central de Jos. Mais três novas explosões foram registradas no nordeste da Nigéria: duas na cidade de Damaturu e uma terceira, no sábado à noite, contra uma igreja em Gadaka, segundo testemunhas.
Os ataques do Natal apontam o crescimento da ambição nacional da seita islâmica, que é responsável por mais de 500 mortes em 2011, de acordo com um levantamento feito pela agência de notícias Associated Press.
O Boko Haram, cujo nome significa "a educação não islâmica é um pecado", luta para impor a Lei Islâmica (Sharia) na Nigéria, país de maioria muçulmana no norte e cristã no sul. O grupo, que já admitiu vínculos com a rede terrorista Al Qaeda, assumiu a autoria de vários ataques recentes no norte do país.
Os ataques, que aconteceram alguns dias depois de confrontos entre as forças de segurança e a Boko Haram, que mataram pelo menos 68 pessoas, deram provas de uma coordenação crescente e de estratégia do grupo, o que pode fazer soar o alarme na Nigéria e nas capitais ocidentais.


Ataque aéreo turco mata 30 no sudeste da Turquia, diz prefeito

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
29/12/2011 - 07h42

A Força Aérea turca matou ao menos 30 pessoas em um ataque noturno no sudeste da Turquia, perto da fronteira iraquiana, aparentemente confundindo contrabandistas com militantes curdos, informou nesta quinta-feira o prefeito de Uludere, Fehmi Yaman.
"Nós temos 30 corpos, todos eles queimados. O Estado sabia que essas pessoas estavam fazendo contrabando na região. Este tipo de incidente é inaceitável. Eles foram atingidos do ar", disse Yaman.
Já o porta-voz da União Patriótica do Curdistão (UPK) Karwan Anwar afirmou à agência Efe que há ao menos 40 mortos.
A cidade de Uludere fica na província de Sirnak, no sudeste do país. De acordo com Ertan Eris, vereador do Conselho Provincial de Sirnak, de 35 a 40 pessoas com idades de 16 a 20 anos cruzaram a fronteira para contrabandear produtos. Ele disse que o balanço final de vítimas deve ser maior, pois a neve prejudica os trabalhos das equipes de emergência.
Segundo a agência de notícias privada turca Dogan, alguns aviões não tripulados descobriram o grupo de pessoas na região de Uludere entre o fim da noite passada e o início desta madrugada, e o Exército da Turquia decidiu atacá-los nas primeiras horas desta quinta-feira com caças-bombardeiros F16.
As autoridades locais afirmaram que as vítimas contrabandeavam açúcar e combustível para a Turquia e podem ter sido confundidas por rebeldes do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão).
Os serviços de segurança locais confirmaram o bombardeio, mas não divulgaram números de vítimas. As autoridades turcas afirmaram que o incidente ocorreu no lado iraquiano da fronteira e anunciaram que emitirão um comunicado quando concluída a investigação dos fatos.
"Havia rumores de que o PKK iria cruzar esta região. Foram feitas imagens de uma multidão cruzando a área na noite passada, por isso foi realizada uma operação", disse uma fonte do setor de segurança citada pela agência Reuters. "Não tínhamos como saber se esse pessoal era membro do grupo (PKK) ou contrabandistas", afirmou.
CONFLITO
O Exército turco costuma bombardear redutos de rebeldes curdos na região, como parte do confronto com o grupo armado PKK, e vem intensificando as operações na área desde agosto.
Os insurgentes do PKK utilizam suas bases no norte do Iraque para executar ataques contra alvos no território da Turquia.
O governo turco executou uma operação ao norte do Iraque em outubro, depois que o PKK matou 24 soldados na localidade de Cukurca, perto da fronteira, no ataque mais violento contra o Exército do país desde 1993.
O PKK, considerado terrorista por vários países, iniciou uma luta armada em 1984. O conflito já provocou 45 mil mortes desde então.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Brasil supera Reino Unido e se torna 6ª maior economia

DA BBC BRASIL
26/12/2011 - 07h48

O Brasil deve superar o Reino Unido e se tornar a sexta maior economia do mundo ao fim de 2011, segundo projeções do CEBR (sigla em inglês para Centro de Pesquisa Econômica e de Negócios).
Segundo a consultoria britânica especializada em análises econômicas, a queda do Reino Unido no ranking das maiores economias continuará nos próximos anos, com Rússia e Índia empurrando o país para a oitava posição.
O executivo-chefe da CEBR, Douglas McWilliams, disse, em entrevista à BBC, que esta mudança de posições entre Brasil e Reino Unidofaz parte de uma tendência mundial.
"Eu acho que isto é parte da grande mudança econômica, onde não apenas estamos vendo uma mudança do Ocidente para o Oriente, mas também estamos vendo que países que produzem commodities vitais --comida e energia, por exemplo-- estão se dando muito bem, e estão gradualmente subindo na 'tabela do campeonato econômico'", afirmou.
A entidade prevê ainda que a economia britânica vai superar a francesa até 2016.
Além disso, o estudo aponta que a economia da zona do euro encolherá 0,6% em 2012, "se o problema do euro for resolvido", ou 2%, caso a crise financeira que assola os países que adotam a moeda não encontre solução.
REPERCUSSÃO NA MÍDIA
O estudo repercutiu na mídia britânica. O jornal "The Guardian" atribui a perda de posição à crise bancária de 2008 e à crise econômica que persiste em contraste com o boom vivido no Brasil na rabeira das exportações para a China.
O "Daily Mail", outro jornal que destaca o assunto nesta segunda-feira, diz que o Reino Unido foi "deposto" pelo Brasil de seu lugar de sexta maior economia do mundo, atrás dos Estados Unidos, da China, do Japão, da Alemanha e da França.
Segundo o tabloide britânico, o Brasil, cuja imagem está mais frequentemente associada ao "futebol e às favelas sujas e pobres, está se tornando rapidamente uma das locomotivas da economia global" com seus vastos estoques de recursos naturais e classe média em ascensão.
Um artigo que acompanha a reportagem do "Daily Mail", ilustrado com a foto de uma mulher fantasiada sambando no Carnaval, lembra que o Império Britânico esteve por trás da construção de boa parte da infraestrutura da América Latina e que, em vez de ver o declínio em relação ao Brasil como um baque ao prestígio britânico, a mudança deve ser vista como uma oportunidade de restabelecer laços históricos.
"O Brasil não deve ser considerado um competidor por hegemonia global, mas um vasto mercado para ser explorado", conclui o artigo intitulado "Esqueça a União Europeia... aqui é onde o futuro realmente está".
A perda da posição para o Brasil é relativizada pelo "Guardian", que menciona uma outra mudança no sobe-e-desce do ranking que pode servir de consolo aos britânicos.
"A única compensação (...) é que a França vai cair em velocidade maior". De acordo com o jornal, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, ainda se gaba da quinta posição da economia francesa, mas, até 2020, ela deve cair para a nona posição, atrás do tradicional rival Reino Unido.
O enfoque na rivalidade com a França, por exemplo, foi a escolha da reportagem do site "This is Money" com o título: "Economia britânica deve superar francesa em cinco anos".



quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Oposição síria pede ação imediata a Liga Árabe e ONU por massacre

DE SÃO PAULO
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
21/12/2011 - 11h52


O Conselho Nacional Sírio (CSN), grupo que reúne a oposição ao regime de Bashar Assad, pediu nesta quarta-feira por uma "ação imediata" por parte da Liga Árabe e do Conselho de Segurança da ONU para pressionar pelo fim do "massacre" realizado pelas forças leais ao ditador contra dissidentes.
O órgão solicitou a realização de uma reunião urgente do Conselho de Segurança para tratar "dos massacres" nas províncias sírias de Homs e Idlib. Grupos opositores sírios denunciaram a morte de mais de cem pessoas nos últimos dois dias devido à repressão. Há relatos de que as mortes podem chegar a 250.
De acordo com informações da rede de TV Al Jazeera, com sede no Qatar, a violência contra dissidentes aumentou em um momento em que soldados desertores tomaram controle de algumas cidades e vilas, criando também um tipo de refúgio para manifestantes de outras regiões.
Ainda segundo o veículo, a província de Idlib é um foco de preocupação do regime por estar perto da fronteira com a Turquia, que passou a criticar as autoridades sírias e apoiar o movimento opositor. A tomada da província significaria a liberação de uma rota de suprimentos.
O CNS afirmou também que Assad negocia "com dois países europeus" uma solução para o regime. "O regime sírio rejeitou todas as propostas para solucionar o conflito de forma pacífica, mas Bashar Assad está negociando agora uma saída com dois países europeus", disse o responsável de comunicação, Ahmed Ramadan.
Ramadan voltou a defender que "Assad deve deixar o poder e entregá-lo à oposição e ao órgão que o representa". "Nós propomos a Assad e à Síria um período transitório com um governo pluralista que representará, inclusive, atuais responsáveis que não estejam envolvidos na repressão", disse.
                                                                                                     Darrin Zammit Lupi/Reuters
Sírios que vivem em Malta participam de protesto na capital, Valletta, contra o ditador sírio Bashar Assad

Segundo ele, a intenção da oposição é "cooperar com o Exército para proteger a segurança da nação" e "manter as instituições do Estado", evitando que se repita a experiência do Iraque, onde as forças de ocupação dos Estados Unidos derrubaram o Exército após a ocupação.

PRESSÃO
No início da semana, Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução que condena os direitos humanos na Síria, onde a repressão do regime a protestos populares deixaram mais de 5.000 mortos, segundo estimativas da própria ONU.
Apesar da estimativa, o regime se defende dizendo que está combatendo grupos armados terroristas apoiados por interesses estrangeiros. Segundo as autoridades sírias, cerca de 1.100 membros das forças de segurança já morreram nas ações contra o terrorismo no país.
Na terça-feira, Assad promulgou uma lei que estabelece pena de morte para quem distribuir ou contribuir na distribuição de armamentos para grupos que "planejam cometer atos terroristas", em sinal de que o regime, apesar das promessas, continua suas ações repressivas contra a população.
Segundo a agência estatal de notícias Sana, a lei prevê ainda punição perpétua de trabalho forçado para quem contrabandear armas com o objetivo de traficá-las para quem quer cometer "atos terroristas".
A notícia chegou um dia depois de o regime assinar no Cairo o acordo da Liga Árabe que prevê a entrada de observadores internacionais na Síria, como parte do esforço internacional para pôr fim à repressão aos protestos populares que, desde meados de março, pedem a saída de Assad do poder.
A primeira delegação de observadores, que incluirá especialistas em segurança e administração, além de juristas oriundos de todos os países árabes, deve ser enviada a Damasco amanhã.
                                                                                                                                    Reuters
                           Manifestantes protestam contra ditador sírio, Bashar Assad


Censo mostra que 6% da população vive em favelas e similares

DO RIO - 21/12/2011 - 10h00

Dados do Censo divulgados nesta quarta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelam que, em 2010, 6% da população brasileira vivia em favelas e similares.

Isso significa que 11,4 milhões dos 190 milhões de habitantes do país moravam em áreas de ocupação irregular e carência de serviços públicos ou urbanização --chamadas pelo IBGE de "aglomerados subnormais".
No total, o Censo identificou 6.329 favelas e similares no país, que somavam 3,2 milhões de domicílios e estavam distribuídas por 323 municípios. Entraram no levantamento apenas as áreas que concentravam ao menos 51 domicílios nessas condições.
A região Norte foi a que apresentou a maior proporção de pessoas vivendo em favelas, palafitas e similares --12% da população local. Em seguida vêm o Sudeste (7%), o Nordeste (6%), o Sul (2%) e o Centro-Oeste (1%).
Em números absolutos, porém, é o Sudeste que reúne o maior contingente de pessoas vivendo nessas áreas --são 5,9 milhões de moradores, mais da metade do total do país.


terça-feira, 20 de dezembro de 2011

China apoia novo líder da Coreia do Norte; EUA se preocupam

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
20/12/2011 - 08h17
No dia do funeral do líder norte-coreano Kim Jong-il, cuja morte aconteceu no sábado (17) e foi anunciada somente na segunda-feira, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, expressou preocupação com o futuro da Coreia do Norte. A China, por sua vez, expressou apoio ao sucessor Kim Jong-un.


"Estamos extremamente preocupados com o bem-estar do povo norte-coreano", disse Hillary Clinton em um comunicado oficial, acrescentando que os Estados Unidos estão dispostos a ajudar na segurança local.
A chefe da diplomacia americana já havia destacado que desejava melhorar as relações com o povo norte-coreano após a morte do ditador. "Temos um interesse comum em uma transição estável e pacífica na Coreia do Norte, assim como na paz e na estabilidade regional", afirmou após encontro com o colega japonês, Koichiro Gemba.
O presidente dos EUA, Barack Obama, ressaltou na segunda-feira seu compromisso com a defesa de seus aliados mais próximos, como o Japão, em tal momento de incertezas. A posição de Obama foi transmitida ao premiê japonês, Yoshihiko Noda, em uma conversa por telefone, segundo a Casa Branca.
A morte de Kim Jong-Il, que iniciou um período de luto na Coreia do Norte até o dia 28, quando acontecerá o funeral, ocorreu em um momento-chave no qual EUA e Pyongyang negociam a provisão de ajuda humanitária ao regime comunista e tentam retomar as conversas de seis lados sobre o programa nuclear norte-coreano.

                                      Associated Press
Kim Jong-il, à esquerda, acompanhado pelo filho, Kim Jong-un durante parada militar em outubro de 2010

As negociações de seis lados --da qual participam EUA, as duas Coreias, Japão, China e Rússia-- buscam o fim do programa nuclear norte-coreano, mas se encontra paralisada desde 2008.
Kim Jong-un, filho mais novo do ditador norte-coreano foi anunciado como o "grande sucessor do sistema revolucionário" da Coreia do Norte pela agência estatal KCNA. Kim Jong-il morreu no sábado aos 69 anos por conta de um ataque cardíaco.


CHINA E COREIA DO SUL
A China já disse estar aberta a uma visita do novo líder norte-coreano, após a morte do pai dele, em comentário feito durante uma visita do presidente chinês, Hu Jintao, à embaixada norte-coreana em Pequim para oferecer suas condolências.
"Quero acrescentar que a China e a Coreia do Norte sempre mantiveram visitas de autoridades importantes, então o líder norte-coreano é bem-vindo para uma visita em um momento que seja conveniente para ambos os países", disse o porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Liu Weimin.

                                      Kyodo/Reuters
                                           Moradores de Pyongyang choram após morte de Kim Jong-il

A China anunciou mantém contatos com EUA e Coreia do Sul, com o objetivo de manter a paz e a estabilidade na Península Coreana. O chanceler chinês, Yang Jiechi, conversou por telefone com o colega sul-coreano e com a secretária de Estado americana Hillary Clinton, segundo o porta-voz do ministério das Relações Exteriores, Liu Weimin.
A Coreia do Sul, por sua vez, expressou hoje seus pêsames "aos cidadãos norte-coreanos" pela morte de seu líder, conforme informou a agência sul-coreana Yonhap. O governo sul-coreano indicou, no entanto, que não enviará nenhuma delegação para transmitir suas condolências ao país comunista.
As autoridades do país admitiram também que houve uma falha em seu serviço de inteligência por não descobrirem que o ditador norte-coreano havia morrido dois dias antes do anunciado pelo regime.


ENTERRO
A televisão estatal norte-coreana exibiu nesta terça-feira pela primeira vez imagens do corpo do ditador Kim Jong-il, morto no sábado, em um caixão de vidro, diante do filho mais novo e sucessor, Kim Jong-un, e de várias autoridades do regime.
O velório do ditador ocorre no Palácio Memorial de Kumsusan, o mesmo local onde está o mausoléu de Kim Il-Sung, seu pai e fundador da Coreia do Norte. Nas imagens divulgadas é possível ver o corpo do ditador coberto com uma tela vermelha dentro de um sarcófago de vidro sobre um leito de flores vermelhas e brancas.
                                       
                                       Reuters
TV estatal norte-coreana divulga imagens do velório do ditador Kim Jong-il no Palácio Memorial de Kumsusan

O ex-líder da Coreia do Norte, que também ostentava o cargo de Comandante Supremo das Forças Armadas desde 1991, aparece nas fotos vestido com seu tradicional uniforme cáqui, que leva várias condecorações militares.
Aos pés do ataúde foi colocada uma placa na qual figuram os anos de seu nascimento e de sua morte: "1942-2011". Na sala onde foi instalado o velório predomina a cor vermelha, que predomina na bandeira do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte.
As imagens também mostram várias autoridades norte-coreanas prestando homenagem a Kim Jong-il, incluindo seu filho Kim Jong-un, vestido com terno preto, enquanto os demais vestem uniformes do Exército.
"O camarada Kim Jong-un observou o corpo do camarada Kim Jong-il com dirigentes do partido, do governo e militares, e expressou suas condolências com grande dor", afirma um comunicado da agência oficial de notícias norte-coreana.



EUA saem do Iraque, mas país árabe tem problemas a resolver

DA FRANCE PRESSE, EM BAGDÁ
8/12/2011 - 11h50

Mesmo após a conclusão da retirada das tropas americanas do Iraque, concluída neste domingo, ainda restarão vários problemas a serem solucionados no país.


Saiba quais são:

DISPUTAS TERRITORIAIS
Os curdos aceitaram a autonomia e deixaram de pedir independência, mas continuam se opondo ao poder central de Bagdá pelo controle de uma faixa de 650 km de comprimento com importantes reservas de hidrocarbonetos que cruza quatro províncias.

REBELDES E AL QAEDA
A insurreição sunita perdeu influência, após os Estados Unidos aliarem-se a alguns líderes tribais, mas continua havendo atentados, execuções e sequestros. Por outro lado, o "Estado Islâmico do Iraque", que inclui grupos vinculados à Al Qaeda, realizaram graves atentados.

TENSÕES RELIGIOSAS
Muitos iraquianos lamentam que os Estados Unidos tenha introduzido uma dimensão confessional que não existia no Iraque de Saddam Hussein, derrubado após a invasão de 2003 liderada por Washington. O atual governo, dominado por xiitas, acusa ex-partidários sunitas do ex-ditador Saddam Hussein de organizar conspirações e os reprime severamente.

CRISE NA SÍRIA
A Síria tem 600 km de fronteira com o Iraque. Se o regime de Bashar al Assad cair, a possível chegada de milhares de refugiados ao Iraque poderia agravar os conflitos internos. Além disso, Bagdá depende muito da importação de alimentos provenientes da Síria.

INFLUÊNCIA IRANIANA
O Irã foi acusado de influenciar o governo e as milícias xiitas responsáveis por atentados antiamericanos. Washington os acusa de querer formar "um governo no governo", como faz o Hezbollah libanês.

INSTITUIÇÕES FRACAS E CORRUPÇÃO
O Iraque não tem ministro do Interior há dois anos, por não ter conseguido um compromisso entre os diferentes grupos políticos. As instituições são fracas e o Iraque é considerado um dos países mais corruptos do mundo pela Transparência Internacional, uma ONG com sede em Berlim.
Algumas províncias reclamam um estatuto de autonomia como o do Curdistão.
Segundo seu chefe de Estado Maior, as forças armadas serão incapazes de defender as fronteiras e o espaço aéreo iraquiano pelo menos até 2020.

PETRÓLEO
O Iraque não tem uma lei que rege a produção de hidrocarbonetos, primeira fonte de receitas do país.

PROBLEMAS SOCIAIS
Um quarto da população é considerada pobre. A condição da mulher degradou-se sensivelmente desde 2003. O Iraque conta com 1,75 milhão de deslocados internos e refugiados.

SEPARATISTAS CURDOS
O PKK turco e o PJAK iraniano têm bases no norte iraquiano. Os exércitos turco e iraniano realizam operações militares contra eles.

CONFLITO COM O KUAIT
As relações entre os dois países continuam sendo tensas durante a invasão iraquiana de 1990 e a Guerra do Golfo de 1991. O Iraque acusa o Kuwait de bloquear sua saída para o mar, construindo um porto que cria obstáculos para suas exportações de petróleo.

Mortos após tufão chegam a quase mil nas Filipinas

DA REUTERS, EM ILIGAN
20/12/2011 - 07h48

O presidente das Filipinas, Benigno Aquino, declarou nesta terça-feira estado de calamidade nacional depois que novas inundações e deslizamentos de terras decorrentes de um tufão que passou pela região no fim de semana e deixou um saldo de quase mil mortos e dezenas de milhares de desabrigados.


A defesa civil informou que 957 pessoas morreram e 49 estavam desaparecidas, sendo a maior parte das vítimas nas cidades de Cagayan de Oro e Iligan, na região de Mindanao.
Aquino realizou reuniões com autoridades das duas cidades, as mais afetadas pela água, lama e árvores caídas que baixaram das montanhas em direção a vilarejos costeiros e provocaram o transbordamento de rios enquanto os moradores dormiam na madrugada de sábado.
"A prioridade é realocar as pessoas para áreas que não representem mais perigo para elas", disse Aquino na reunião em Cagayan de Oro, ao prometer tomar medidas para evitar novas tragédias da mesma magnitude no país.
A defesa civil informou que pelo menos 338 mil pessoas em 13 províncias foram afetadas pelo desastre, das quais 43 mil haviam sido removidas para centros de apoio.
Mais de 10 mil casas foram danificadas pelas enchentes causadas pelo tufão Washi, das quais quase um terço ficaram totalmente destruídas.
Muitas escolas, estradas e pontes também ficaram seriamente comprometidas.
Segundo o porta-voz de Aquino, o estado de calamidade nacional permitirá ao governo ter acesso a uma quantia maior de recursos para as ações de emergência e reconstrução.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Saúde, Alimentos e Agrotóxicosl

Agrotóxico irregular aparece em 28% dos vegetais no Brasil
VANESSA CORREA
DE SÃO PAULO
6/12/2011 - 20h50
Atualizado em 07/12/2011 às 03h00.
Quase um terço dos vegetais mais consumidos pelos brasileiros apresentam resíduos de agrotóxicos em níveis inaceitáveis, de acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Das amostras de alimentos analisadas pela agência, referentes ao ano de 2010, 28% apresentaram ou limites acima do recomendável ou substâncias não aprovadas para o produto --um agrotóxico recomendado para o cultivo de eucalipto usado numa lavoura de tomate, por exemplo.
O campeão de irregularidades é o pimentão --92% das amostras analisadas foram consideradas insatisfatórias no relatório do Para (Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos, da Anvisa). Há dois anos, esse índice era de 65%.
Os outros dois alimentos mais problemáticos são o morango e o pepino, com 63% e 57% de amostras com mais agrotóxicos do que o permitido, respectivamente.
Foram analisadas 2488 amostras em todos os Estados e no Distrito Federal, exceto São Paulo, que não quis participar da avaliação.
Segundo José Agenor Álvares da Silva, diretor da Anvisa, o problema de resíduos químicos em alimentos pode estar relacionado ao custo dos agrotóxicos. Os pequenos produtores, diz ele, acabam comprando produtos baratos, mas inadequados para um determinado cultivo.
Silva cita ainda a falta de orientação de agrônomos sobre os produtos --agrotóxicos são usados para aumentar a a produção dos agricultores.

PRODUTOS BANIDOS
Dos cinquenta princípios ativos mais usados em agrotóxicos no Brasil, 20 já foram banidos na União Europeia, segundo o diretor da Anvisa.
O endossulfan, achado no pimentão, já não é usado nos EUA e China, por exemplo. Ele foi reavaliado pela Anvisa em 2010 e terá que ser banido do país até 2013.
A presença de química não permitida ocorre em 85% das amostras de pimentão.
Para Luiz Carlos Ribeiro, gerente da Andef (associação das empresas que fabricam agrotóxicos), isso se deve ao fato de os produtores de tomate, que normalmente também cultivam o pimentão, usarem o mesmo agrotóxico para as duas culturas.
Para ele, o problema poderia ser amenizado se a Anvisa aprovasse mais rapidamente os novos agrotóxicos lançados no mercado. Hoje, diz Ribeiro, esse processo leva cerca de três anos.

CÂNCER
A ingestão de comida com excesso de agrotóxicos de forma prolongada pode causar câncer, problemas neurológicos e malformação fetal.
Pesquisas recentes mostram a relação da exposição a essas substâncias com doenças do sistema nervoso.
Em 2010, a Academia Americana de Pediatria fez uma pesquisa com 1.100 crianças e constatou que as 119 que apresentaram transtorno de déficit de atenção tinham resíduo de organofosforado (molécula usada em agrotóxicos) na urina acima da média de outras crianças.
Em 2010, foi usado 1 milhão de toneladas de agrotóxicos em lavouras do país. Ou seja, 5 kg por brasileiro.

O Salário Mínimo no Brasil

     Neste ano de 2011 o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou vários dados sobre o censo de 2010, entre eles, a renda do povo brasileiro. Cerca de 60,7% da população (115.700.000) vive com até um salário mínimo (R$ 545,00); 21,9% vive com 1 até 2 salários; 7% vive com 2 até 3 salários; 5,3% vive com 3 até 5 salários; 5,1% vive com mais de 5 salários. Em outras palavras: se você ganha R$ 2,725,00 (5 salários) considere-se rico neste país pois só 9.500.000 brasileiros ganham isso ou mais. Estes números são impressionantes e retratam inúmeras mazelas do nosso povo. Em junho, o programa A Liga, da TV Bandeirantes, fez uma matéria sobre a vida das pessoas que sobrevivem com um salário mínimo. A realidade é dura para a maioria dos brasileiros. Acompanhe a matéria abaixo dividida em 7 partes.