segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O Mundo já tem 7 bilhões de pessoas!

Hoje 31/10/2011, oficialmente, o planeta atingiu o número de 7 bilhões de pessoas. Leia a matéria abaixo da Folha On Line:

Sete bilhões de seres humanos: e agora?
VÉRONIQUE KIESEL
DO "LE SOIR", EM BRUXELAS
31/10/2011 - 07h05
Em 2100 a Europa terá 675 milhões de habitantes, 64 milhões a menos do que hoje, enquanto a África terá 2,5 bilhões de habitantes e a Ásia liderará com 4,5 bilhões.
Veja galeria de fotos do mundo com 7 bilhões de pessoas.
Será que a velha Europa corre risco de desaparecimento diante do crescimento populacional desses dois continentes? Não chegamos a esse ponto. Mas com índices de natalidade que não permitem reposição populacional, nossos países têm de enfrentar certas inquietudes: quem pagará as pensões dos futuros aposentados, dentro de algumas décadas? Nosso sistema social, tão apreciado -será que naufragará?
Bebês são vistos em maternidade da cidade indiana de Lucknow; 7 bilhões vivem no mundo

Por sorte, podemos contar com... a imigração. Ainda que os dirigentes europeus tendam a fazer da Europa uma fortaleza, cerrando todas as rotas de acesso à chegada de imigrantes, são exatamente esses estrangeiros "extracomunitários" que já hoje evitam queda ainda pior no índice de natalidade. E também já temos necessidade deles para ocupar certas funções qualificadas, especialmente nos hospitais -uma tendência que deve crescer.
Diante de um planeta mais e mais povoado, a Europa também terá de se adaptar: adotar um modelo de vida menos glutão quanto à energia, aos alimentos, à geração de poluentes. As consequências de nossas ações aqui afetam intensamente as populações do sul.
Certos países europeus já avançaram bastante a caminho de uma "economia verde", e outros mal se moveram. Devemos todos nos dedicar a essa tarefa, e os Estados precisam apoiar financeiramente os esforços dos cidadãos.
E se ajudássemos aldeias africanas a se equiparem com painéis solares? E se reduzíssemos as nossas proteções à agricultura para deixar de concorrer deslealmente com os camponeses do sul? Tudo isso é assunto de escolhas políticas.
Cabe a nós fazer as certas.
VÉRONIQUE KIESEL é jornalista do "Soir", da Bélgica.
TRADUÇÃO DE PAULO MIGLIACCI

Perspectivas sobre o Crescimento da Economia Brasileira

Turma, se a projeção do FMI e de consultorias internacionais estiver certa, o Brasil será realmente uma grande potência econômica mundial até o final desta década, superando até a economia alemã. Será? Quem viver verá.
Acompanhem a reportagem da Folha On line:

Crise na Europa eleva Brasil a sexta economia mundial
ÉRICA FRAGA
DE SÃO PAULO
30/10/2011 - 05h01
Graças à crise dos países desenvolvidos, neste ano, o Produto Interno Bruto brasileiro medido em dólares deverá ultrapassar o do Reino Unido, segundo projeções do Fundo Monetário Internacional e das consultorias EIU (Economist Intelligence Unit) e BMI (Business Monitor International). A reportagem está disponível para assinantes da Folha e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha.
A estimativa mais recente, da EIU, prevê que o PIB do Brasil alcance US$ 2,44 trilhões, ante US$ 2,41 trilhões do PIB britânico. Com isso, o Brasil passará a ocupar a posição de sexta maior economia do mundo. Em 2010, ao deixar a Itália para trás, o país já havia alcançado o sétimo lugar.
Como a economia brasileira cresce em ritmo menor que a de outros emergentes asiáticos, em 2013, o país deverá perder a sexta posição para a Índia. Mas voltará a recuperá-la em 2014, ano da Copa do Mundo, ao ultrapassar a França, segundo a EIU.
Até o fim da década, o PIB brasileiro se tornará maior do que o de qualquer país europeu, de acordo com projeções da EIU. Depois de passar Reino Unido e França, a economia brasileira deverá deixar a alemã para trás em 2020.
A tendência de ascensão dos emergentes já era esperada por especialistas há anos, mas tem ganhado velocidade devido à crise global.

domingo, 30 de outubro de 2011

O Calote Negociado da Grécia

Países da Europa fecham acordo para reduzir dívida da Grécia
Os bancos vão perdoar metade da dívida grega. São quase € 100 bilhões. Em troca, os bancos vão receber compensações.

Edição do dia 27/10/2011
27/10/2011 07h45 - Atualizado em 27/10/2011 07h46

É a notícia mais importante desta quinta-feira (27): um calote negociado e gigantesco, de € 100 bilhões. Foram dez horas de reunião. Os líderes da União Europeia fecharam esse acordo com os bancos, que aceitaram reduzir pela metade a dívida da Grécia. Será o começo do fim da crise na economia?
Em troca desse prejuízo, os bancos vão receber compensações. Isso ainda vai ser detalhado nos próximos meses, mas os bancos vão ser capitalizados e vão receber uma espécie de colchão de proteção da União Europeia.
O que está bem claro é que, depois de meses de indecisão, finalmente um anúncio dos líderes europeus trouxe calma aos mercados na Europa. As bolsas operam em alta com os melhores números desde o início de agosto.
Os bancos lideram essa recuperação, especialmente os franceses, que têm muitos títulos da dívida grega, com altas de até 10% nas bolsas de valores hoje. Mas os investidores estão cautelosos. Eles dizem que há um longo caminho a ser percorrido, e as economias da Europa precisam dar fortes sinais de crescimento real.
Essa mistura de alívio e cautela estava na cara dos líderes europeus na quarta-feira (26), depois da reunião. Os sorrisos se misturavam com as olheiras e com o cansaço da longa negociação.
Já passava das 4h em Bruxelas (pouco mais de meia-noite no horário de Brasília), quando os líderes europeus anunciaram o acordo. Os bancos aceitaram perdoar metade da dívida grega. Segundo o presidente francês Nicolas Sarkozy, o valor chega a € 100 bilhões de abatimento. Sarkozy disse também que a solução representa um alívio para o mundo inteiro.
Com o perdão de uma parcela tão expressiva da dívida, a Grécia pode, finalmente, pôr as finanças em ordem e até 2020 reduzir a dívida para 120% do produto interno bruto (PIB) do país. Sem o perdão, o valor deveria aumentar para 180%.
O segundo ponto importante do acordo da madrugada prevê o aumento do fundo de ajuda aos países endividados. Ou seja, a União Europeia vai ter mais dinheiro para socorrer países em crise. O valor mais do que dobra: passa de € 440 bilhões para € 1 trilhão.
Na prática, o aumento permite algum tipo de socorro a grandes economias, como as da Itália e da Espanha. Até a China pode contribuir com esse fundo por meio da criação de uma agência de investimentos na Europa.
O terceiro ponto do acordo já tinha sido anunciado mais cedo: os bancos europeus deverão subir de 5% para 9% os recursos que deixam parados nos cofres como reserva. A Autoridade Bancária Europeia avalia que os bancos europeus precisem de € 106 bilhões para aumentar a segurança do sistema.
Essa recapitalização dos bancos tem de ser completada até junho de 2012. No fim do encontro, a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, se mostrou satisfeita e disse que a Europa mostrou ao mundo como pode se proteger da crise. A diretora do FMI, Christine Lagarde, participou da reunião e disse que o mais importante foi a Europa ter mostrado ao mundo um consenso político entre os 27 países.
O primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi disse que a Europa assumiu um compromisso ambicioso que vai ser mantido a partir de agora. “Precisamos mostrar aos cidadãos da Europa que existe esperança”, concluiu o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso.



Terremoto na Turquia

No dia 23/10 a Turquia sentiu um forte tremor que provocou grandes estragos na região leste do país. Acompanhe a matéria da Folha On Line e a reportagem do telejornal Bom dia Brasil.
Novo balanço diz que terremoto na Turquia deixou 596 mortos
DA FRANCE PRESSE
30/10/2011 - 10h57
O terremoto que afetou a província de Van, no leste da Turquia, no domingo passado deixou 596 mortos, 14 a mais que no balanço anterior, anunciou a célula de emergência do governo.
Pelo menos 4.150 pessoas ficaram feridas no terremoto de magnitude 7,2.
O tremor destruiu milhares de casas na província de Van, que fica próxima da fronteira com o Irã.
Apenas na cidade de Van, a capital regional, mais de 5.000 edifícios desabaram, provocando uma nova polêmica sobre a falta de respeito às normas de prevenção aos tremores e honestidade dos construtores.
No total, 231 pessoas foram resgatadas com vida dos escombros, anunciou o vice-premier Besir Atalay.
Na sexta-feira, um menino de 12 anos foi resgatado depois de passar 108 horas debaixo dos escombros de um prédio.
Os trabalhos de busca estão próximos do fim, pois as autoridades praticamente não têm esperanças de encontrar mais sobreviventes.
Abaixo, a reportagem do telejornal Bom dia Brasil:

A Morte de Muammar Kadafi

No dia 20/10/2011, o ditador líbio Muammar Kadafi foi morto pelos rebeldes, terminando assim uma das ditaturas mais longas na África. Acompanhe a reportagem do Jornal Nacional.

sábado, 22 de outubro de 2011

Falta Saneamento Básico no Brasil

IBGE aponta falta de rede de esgoto em quase metade dos municípios
DENISE MENCHEN
DO RIO
19/10/2011 - 10h00
Pesquisa divulgada nesta quarta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que quase metade (44,8%) dos municípios brasileiros não tinha rede coletora de esgoto em 2008.
As diferenças regionais, porém, são grandes: enquanto no Estado de São Paulo apenas Itapura estava nessa situação, na região Norte as cidades sem o serviço chegavam a 96,5% do total.
Os dados consideram apenas a existência ou não da rede coletora, e não a abrangência de cobertura dentro de cada município --ou seja, mesmo que vários bairros de uma cidade não sejam atendidos pelo serviço, ela pode figurar na lista se a coleta for feita em parte de seu território.
Além disso, a pesquisa mostra que a coleta não é acompanhada na mesma proporção pelo tratamento do esgoto. Do total coletado, apenas 68,8% passa por estações de tratamento antes de ser descartado.
Nesse quesito, mais uma vez, é possível notar grandes diferenças regionais. Em São Paulo, 78,4% dos municípios processam ao menos parte do esgoto gerado. No Maranhão, esse percentual cai para apenas 1,4%.
Em parte dos municípios do país que não têm rede de esgoto, porém, é possível encontrar soluções alternativas, como a fossa séptica (dispositivo do tipo câmara que é isolado do solo e faz a filtragem do dejeto). É o caso, por exemplo, de vários municípios gaúchos.
Além disso, os dados mostram uma melhora em relação à pesquisa anterior, de 2000. Naquele ano, a parcela de municípios sem rede coletora de esgoto era de 47,8%.
fonte: http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/992875-ibge-aponta-falta-de-rede-de-esgoto-em-quase-metade-dos-municipios.shtml

A propósito: você sabe o que é saneamento básico? Qual é sua importância?! Aliás, será que Marília tem saneamento? Hum...

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Após 40 anos e 800 mortes, ETA anuncia seu fim definitivo

DA BBC BRASIL
O grupo separatista basco ETA anunciou nesta quinta-feira (20/10/2011) o fim de sua campanha armada.
Em um comunicado obtido pela BBC, o ETA disse que "era o início de uma nova era política" no País Basco.
Veja vídeo
"Enfrentamos uma oportunidade história para obter uma solução justa e democrática para esse antigo conflito político".
Se realmente entrar em vigor, a decisão vai colocar um fim à violência do grupo, que já dura 40 anos e que matou mais de 800 pessoas.
Segundo analistas, o governo deve reagir com cautela e reiterar os apelos para que o ETA se desarme e se dissolva.
Nos últimos anos, ofensivas do governo e a cooperação entre Espanha e França vinham enfraquecendo o grupo.
A decisão do ETA vem à tona pouco após uma conferência internacional sobre o separatismo basco, realizada na segunda-feira no norte da Espanha. Participaram do encontro diversos líderes mundiais, que pediram que o grupo abandonasse as armas.
Entre os participantes estavam o ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan e protagonistas do cessar-fogo da Irlanda do Norte.
O ETA declarou um cessar-fogo permanente em janeiro, mas políticos espanhóis disseram que a medida não era suficiente, já que promessas semelhantes foram quebradas anteriormente.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/bbc/994180-apos-40-anos-e-800-mortes-eta-anuncia-seu-fim-definitivo-veja-video.shtml

Israel X Hamas: o caso do soldado israelense

Gilat Shalit virou "moeda de troca"; saiba mais sobre o israelense

DA FRANCE PRESSE, EM JERUSALÉM
 18/10/2011 - 13h18
Libertado nesta terça-feira após ficar detido por mais de cinco anos na faixa de Gaza, o sargento israelense Gilad Shalit, 25, tornou-se uma espécie de "moeda" na troca por mais de 400 prisioneiros palestinos.
Veja fotos da libertação do israelense
Serviço secreto egípcio diz que Shalit ainda está no país
Exército israelense confirma libertação do soldado Gilad Shalit
Grupo de 95 presos palestinos chega a Ramallah
O condutor de tanques de guerra com rosto juvenil, preso pelo Hamas, retornou para Israel nesta terça-feira depois de passar pelo Egito em troca da libertação de 477 prisioneiros palestinos nas mãos israelenses.
"Eu espero que este acordo ajude na realização da paz entre os dois lados, Israel e palestinos", disse em suas primeiras declarações à TV egípcia após a libertação. Suas palavras, ditas em hebraico, foram traduzidas para o árabe.
Shalit, que também possui nacionalidade francesa, foi capturado no dia 25 de junho de 2006 durante uma operação realizada por palestinos contra um posto militar no sul de Israel, próximo a faixa de Gaza. Dois de seus companheiros foram mortos, um terceiro ficou gravemente ferido. Seu colete à prova de balas ensanguentado foi encontrado no local da ação.
O ataque foi reivindicado por três grupos armados palestinos, entre eles as brigadas Ezzedine al Qassam e o braço armado do Hamas.
Assim, o retrato do militar de olhar adolescente, apagado e tímido, tornou-se regular na imprensa israelense. Banners, bandeiras e adesivos com seu rosto se espalharam pelo país, testemunhando uma verdadeira causa nacional.
Alguns soldados até escreveram seu nome nas cédulas eleitorais das eleições legislativas em fevereiro para exigir mais esforços por parte do governo em favor de sua libertação.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/992491-gilat-shalit-virou-moeda-de-troca-saiba-mais-sobre-o-israelense.shtml

Acompanhe o telejornal Bom Dia Brasil sobre o assunto:

Ocupe Wall Street

Nos meses de setembro e outubro milhares de pessoas nos EUA estão indo para as ruas protestarem contra a crise econômica que afeta seriamente o país. Tudo começou em Nova Iorque e se espalhou para outras cidades como Boston, Chicago, Los Angeles entre outras. Além da crise, os manifestantes estão criticando a ajuda que o governo vem dando aos bancos e investidores do mercado financeiro.
Acompanhe a matéria do telejornal Band News:

domingo, 2 de outubro de 2011

Crise na Bolívia: revolta indígena

Sobre este assunto, destaquei duas reportagens, sendo uma da revista on line da Carta Capital e a outra do telejornal Jornal Nacional.
OEA deve investigar repressão a indígenas
Redação Carta Capital 30 de setembro de 2011 às 12:25h
População indígena que deu apoio crucial à reeleição de Evo Morales à presidência protesta contra obra que atinge reserva florestal. Foto: Aizar Raldes/AFP
Após incidente violento entre polícia e manifestantes, ocorrido no último domingo 25, na Bolívia, o presidente Evo Morales convidou a Organização dos Estados Americanos (OEA), representada pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos, e a União das Nações Sul-Americanas (Unasul) para que iniciem investigação sobre o caso.
Na última quarta-feira 28, Evo Morales pediu perdão à população e reafirmou que não deu ordem para que ninguém fosse agredido. “Não houve nenhuma ordem, nem jamais havíamos pensado que isso poderia ocorrer. Dói bastante, como vítimas que temos sido em muitas oportunidades da repressão pela força pública”.
O protesto de indígenas contra a construção de uma rodovia que passaria pela reserva florestal do Território Indígena Parque Nacional Isidoro Sécure (Tipnis) foi contido por uma ação policial que reuniu mais de 500 homens contra 1500 manifestantes que marchavam rumo a La Paz, capital do país. Eles foram atacados com gás lacrimogênio e cassetetes. Ainda não há um saldo da ação, mas fala-se em duas crianças mortas e quatro adultos. Líderes indígenas denunciam que houve prisões indevidas e que há pessoas desaparecidas. Policiais negam as afirmações. Há suspeita de que soldados tenham espancado e amordaçaram homens e mulheres, que foram levados à força para ônibus e vans em direção às suas comunidades.
Evo Morales pediu desculpa por incidentes com indígenas. Foto: Jorge Bernal/AFP
Diante dos fatos, Morales decidiu suspender a construção da estrada, considerada estratégica para o país – a rodovia teria um percurso de cerca de 300 quilômetros e um custo aproximado de 420 milhões de dólares, financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).  Ele garantiu ainda a realização de um referendo nos departamentos de Cochabamba e Beni, cortados pela rodovia. As obras foram iniciadas em 2008. Quando concluída, a via servirá para interligar rotas brasileiras com o Oceano Pacífico.
Em entrevista a CartaCapital, o professor da USP e cientista político Rafael Duarte Villa, disse acreditar que a melhor saída para o governo nesse momento é o diálogo com os manifestantes. “Até agora a reação do setor indígena está sendo moderada e está dando um crédito a Morales. Eles esperam que comece um processo de diálogo. Mas caso não queira negociar, isso pode levar a uma escalada de conflitos ou de manifestações que vai nacionalizar a reivindicação e um momento de instabilidade política pode se precipitar”.
Na quarta-feira 28, as reações previstas pelo professor já começavam a despontar no país, com o início de greve geral envolvendo várias categorias profissionais. A paralisação foi convocada pela Central Obreira Boliviana, a maior entidade sindical do país, em protesto contra a forma como o governo atuou na repressão às manifestações dos indígenas.
Na sequência dos fatos, cinco ministros pediram renuncia do cargo. Com isso, Villa prevê “não só de uma crise da base social, mas também de uma crise institucional bastante forte”.
O vice-presidente do país, Álvaro Garcia Linera reiterou na quinta-feira 29 que o governo irá promover uma minuciosa investigação para esclarecer as responsabilidades dos ataques aos indígenas.
Ele enfatizou que é importante compreender que a polícia foi enviada para Yucumo para evitar um confronto entre os manifestantes indígenas e colonos locais, e não atacar ou cometer abusos.  ”É preciso saber quem deu a ordem, e como executar a operação”, disse ele.
Garcia Linera falou que a investigação deve revelar muitas coisas, mas que não haverá nos laudos nada que prove que tenha sido o Presidente ou o Ministro que emitiram a ordem de tarde de domingo passado.
E o Brasil?
Na terça-feira 27, o deputado federal Roberto de Lucena (PV-SP) enviou para a presidente Dilma Rousseff um ofício pedindo a suspensão imediata do repasse dos recursos do BNDES para a construção da estrada que corta o Território Indígena Parque Nacional Isiboro Sécure (TIPNIS), na Bolívia.
“É inadmissível que o Brasil, que deve estar na vanguarda ambiental mundial, fomente a destruição dos recursos naturais, principalmente dos povos indígenas. Estamos vigilantes contra tais abusos que atingem os direitos humanos, ambientais e econômicos dos nossos vizinhos bolivianos”, afirmou o deputado.
Apesar da suspensão das obras por parte do governo e das ações de investigação, os manifestantes seguem sua caminhada rumo a La Paz, em protesto pela construção da estrada.
Veja imagens do confronto na reportagem abaixo: