segunda-feira, 7 de novembro de 2011

25 anos da catástrofe nuclear em Chernobyl

Em abril deste ano o acidente nuclear em Chernobyl completou 25 anos. O pior desastre registrado no mundo até o momento. Este episódio serve para refletirmos: o ser humano deve mesmo utilizar a energia nuclear? Será ela tão benéfica assim? Vale a pena correr o risco? Acompanhe a matéria do Jornal Nacional abaixo.

Confira também a reportagem especial de 15 anos da tragédia de Chernobyl feita pelo Fantástico em 2001.
Abraço a todos!

sábado, 5 de novembro de 2011

Mais uma perda para as Farc

Exército colombiano mata líder máximo das Farc
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Atualizado às 05h00.
05/11/2011 - 01h30
O líder máximo Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), Guillermo León Sáenz Vargas, também conhecido como "Alfonso Cano", foi morto ontem (4) durante uma operação do Exército colombiano no sudoeste do país, informou na madrugada deste sábado o ministro da Defesa Juan Carlos Pinzón.
Durante coletiva de imprensa na capital Bogotá, Pinzón afirmou que a morte do líder guerrilheiro ocorreu "durante uma operação iniciada há vários dias, mas que se materializou a partir das 8h30 de sexta-feira".
O ministro ressaltou ainda que a morte de Cano ocorreu durante um intenso combate entre soldados do Exército e membros da guerrilha na selva do departamento de Cauca.
Mais cedo, as autoridades já haviam anunciado a prisão de "El Indio Efraín", chefe da segurança de Cano, durante a operação em Cauca.
Com "El Indio Efraín" foram detidos outros três membros da segurança do chefe das Farc, e no local da ação morreram uma mulher e o operador de rádio do grupo, conhecido por "El Zorro".
Cano era o substituto do chefe e fundador das Farc, Manuel Marulanda (Tirofijo), que morreu de ataque do coração em março de 2008.
Em setembro de 2010, Jorge Briceno (Mono Jojoy), número dois das Farc e chefe militar da organização, foi abatido pelos militares.
Fundada em 1964 e hoje com cerca de 8 mil combatentes, as Farc também perderam outros dois dirigentes históricos nos últimos anos: Raul Reyes, morto em um ataque aéreo contra o território do Equador, e Ivan Rios, assassinado por outro rebelde. Os dois integravam o bureau político das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.
                                                                                                                           Luis Acosta/France Presse
                              O líder máximo Farc, Guillermo León Sáenz Vargas, também conhecido como Alfonso Cano
DESMOBILIZAÇÃO
O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, pediu na madrugada deste sábado às Farc que "se desmobilizem, caso contrário, como dissemos tantas vezes e como comprovamos, terminarão ou em uma prisão ou no túmulo".
O líder fez este apelo aos integrantes das Farc em pronunciamento público na cidade caribenha de Cartagena de Indias, onde estava quando soube da notícia da morte do máximo chefe desta guerrilha.
"Este golpe é uma confirmação do que dissemos tantas vezes: o crime não compensa, a violência não é o caminho", advertiu o presidente colombiano, ao chamar à desmobilização os membros de uma guerrilha que perdeu seus líderes históricos nos últimos quatro anos.
"Caiu o número um das Farc. É o golpe mais contundente dado nesta organização em toda sua história", comemorou o presidente, antes de felicitar os diferentes corpos das forças de segurança colombianas por sua "perseverança" e "coragem".
"Devemos insistir até trazer aos colombianos um país em paz, um país onde todos unidos possamos trabalhar por um futuro melhor", clamou o presidente.
PERFIL
"Alfonso Cano", antropólogo que se destacou na época estudantil por seu compromisso social, nasceu em 22 de julho de 1948 em Bogotá no seio de uma família de classe média-alta, estudou na Universidade Nacional da capital colombiana e até 2008 foi o chefe político do Bloco Ocidental e membro do Secretariado (chefia máxima) das Farc.
Antes de ingressar nas filas da guerrilha, pertenceu ao Partido Comunista Colombiano como "comissário político".
Desde o ano de 2000 era o responsável do Movimento Bolivariano da Nova Colômbia, um projeto político desta guerrilha, a maior da Colômbia e a mais antiga da América.
"Alfonso Cano", de barba muito espessa e sempre com óculos redondos, tinha antes de sua morte 226 ordens de captura e uma "circular vermelha" da Polícia Internacional (Interpol) por rebelião, terrorismo, homicídio e sequestro.
Intransigente e convencido da inutilidade das negociações, representou às Farc nos diálogos frustrados com o governo do hoje ex-presidente colombiano César Gaviria (1990-1994), em Caracas, e na localidade mexicana de Tlaxcala, em 1991 e 1992.
Com mais de 30 anos de militância, "Alfonso Cano" era considerado um dos ideólogos-chave das Farc, guerrilha que nasceu como defensora dos direitos dos camponeses e que ao longo de sua história foi se transformando em um grupo opressor que sequestrou dezenas de pessoas.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Brasil é o 84° em ranking do IDH da Onu

Brasil fica em 84ª em ranking de desenvolvimento humano
LARISSA GUIMARÃES
DE BRASÍLIA
02/11/2011 - 09h00
O Brasil ocupa a 84ª posição no ranking do IDH 2011 (Índice de Desenvolvimento Humano), em uma lista que traz 187 países. O Brasil avançou uma posição em relação ao ano passado e tem desenvolvimento humano considerado alto, segundo o relatório divulgado nesta quarta-feira pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).
O IDH considera basicamente três aspectos: saúde, educação e renda. Para o Brasil, foram levados em conta os seguintes dados: 7,2 anos médios de estudo, 13,8 anos esperados de escolaridade, além de expectativa de vida de 73,5 anos. Em relação ao rendimento, foi registrada uma Renda Nacional Bruta per capita de US$ 10.162 (ajustados pelo poder de compra).
O IDH varia de 0 a 1 --quanto mais próximo a 1, melhor a posição do país no índice. Considerando a evolução do Brasil ao longo do tempo, o valor passou de 0,549 (em 1980) para 0,665 (em 2000), chegando neste ano ao patamar de 0,718.
Vista de favela junto a avenida Roberto Marinho, na zona sul de São Paulo, com prédios da avenida Berrini ao fundo; desigualdade social no Brasil influencia índice da ONU
Embora se enquadre na categoria de país com desenvolvimento humano elevado, o Brasil fica atrás de dez países da América Latina. Na região, apenas Chile e Argentina têm desenvolvimento humano considerado muito elevado.
TOPO DO RANKING
No ranking deste ano, a Noruega voltou a ocupar a 1ª posição da lista, seguida por Austrália e Holanda. Os Estados Unidos ficaram em 4º lugar. Todos esses países têm desenvolvimento humano considerado muito elevado, de acordo com o relatório apresentado pelo Pnud.
Na Noruega, por exemplo, a média de escolaridade é de 12,6 anos, enquanto no Brasil essa taxa fica em 7,2 anos.
Todos os dez últimos colocados no ranking estão na África. A República Democrática do Congo ocupa a última posição (187ª), com o menor índice de desenvolvimento humano, seguida por Niger e Burundi.
Nos últimos anos, cerca de 3 milhões de pessoas morreram vítimas da guerra na República Democrática do Congo, onde a esperança de vida ao nascer é de apenas 48,4 anos, segundo o relatório do Pnud.
AJUSTE
Desde o ano passado, o Pnud divulga também o IDH-D (o IDH ajustado à desigualdade). Esse índice contabiliza a desigualdade na distribuição de renda, educação e saúde. Alguns países têm pontos "descontados", como é o caso do Brasil. O IDH do Brasil neste ano é 0,718, enquanto o índice ajustado à desigualdade fica em 0,519.
Outro índice divulgado pelo relatório é o IDG (Índice de Desigualdade de Gênero), que se baseia em três pilares (saúde reprodutiva, autonomia e atividade econômica). No cálculo, são considerados dados como a mortalidade materna e a taxa de participação no mercado de trabalho.
Numa lista de 146 países, o Brasil ficou com a 80ª posição do IDG. Um dos aspectos que pesou foi o fato de o Brasil, segundo o relatório, ter apenas 9,6% dos assentos parlamentares ocupados por mulheres.